Novas variedades de cana-de-açúcar são lançadas em solenidade no Ceca
Lançamento faz parte da comemoração de 25 anos da Ridesa
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Lenilda Luna - jornalista
Uma solenidade prestigiada por pesquisadores, professores, a gestão da Universidade Federal de Alagoas, representantes do governo, setor empresarial e produtores agrícolas marcou o lançamento de 16 variedades da cana-de-açúcar geneticamente modificadas, para garantir mais produtividade, resistência às pragas, adaptação aos vários tipos de solo e condições climáticas, entre outros benefícios.
O evento, que aconteceu na manhã desta quarta-feira (1º), no auditório do Centro de Ciências Agrárias (Ceca) da Ufal, também celebrou os 45 anos de variedades RB e 25 anos da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa). "A Ridesa integra dez universidades federais e produz inovação científica para o setor sucroenergético de todo o país. Atualmente, 70% da área canavieira do país é cultivada com variedades produzidas pela rede", destaca Geraldo Veríssimo, coordenador do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-açúcar (PMGCA) da Ufal.
A mesa de abertura da solenidade representou bem os diversos setores envolvidos nas pesquisas realizadas pela Ridesa: José Vieira, vice-reitor da Ufal; Gaus Silvestre, diretor do Ceca; Rogério Pinheiro, reitor honorário; Álvaro Vasconcelos, secretário de Agricultura; Leonardo Viana, da Propep; Taciano Câmara, representando a Embrapa; Alfredo Cortes, representando o Sindaçucar; Wellington Monteiro, representando a Fundepes; Marco Antônio Maranhão, da Usina Santo Antônio, representando o setor empresarial; Edgar Antunes, da Asplana; Márcio Barbosa, da Universidade Federal de Viçosa, representando as demais universidades da Rede; e Geraldo Veríssimo, coordenador do PMGCA.
O vice-reitor da Ufal, José Vieira, ressaltou o apoio da atual gestão para a continuidade do Programa. "A gestão, desde o início se comprometeu com a continuidade dessas pesquisas para o melhoramento genético da cana-de-açúcar, considerando a importância científica, econômica e social desse programa, que tem alcance nacional e internacional. Além disso, a Ufal é protagonista na Rede por manter o banco de germoplasma, que fornece sementes modificadas para as demais universidades", destacou o reitor em exercício, José Vieira.
Após a solenidade de abertura, o professor Geraldo Veríssimo proferiu palestra sobre o histórico das pesquisas para a produção de variedades República do Brasil (RB) e sobre a formação da Ridesa. "Os ganhos econômicos produzidos por essas pesquisas beneficiam cerca de 60 mil produtores agrícolas em todo o Brasil. Só em Alagoas, são 7,5 mil produtores e 23 usinas em funcionamento", relatou o pesquisador. A programação foi finalizada com uma visita à sede do PMGCA.