A escola vai ao Memorial: uma visita diferente ao HU

Projeto vai além do circuito histórico do hospital e discute temas atuais com os estudantes


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Crianças interagem no Memorial do HU
Crianças interagem no Memorial do HU

Jacqueline Freire – jornalista

Semanalmente estudantes de oito escolas do entorno da Universidade Federal de Alagoas visitam o Memorial do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA). O projeto intitulado A escola vai ao Memorial trabalha além do circuito museográfico, onde as crianças e adolescentes conhecem a história do hospital, apresentações sobre temas do contexto delas, como sexualidade na adolescência, higiene pessoal, prevenção de doenças, nutrição, e combate às drogas, entre outros assuntos.

A programação é organizada pela equipe do Memorial, que elabora a escala de visitação de cada escola. “Nós fazemos uma escala de visitas semanais. Ligamos para a escola, definimos o número de alunos e professores, providenciamos o transporte da Ufal que irá apanhá-los, as atividades que vamos desenvolver, etc. A cada três meses elaboramos o cronograma de visitas. Além disso, exibimos filmes na sala de projeção e há o momento de pintura e colagem sob a orientação da equipe do Memorial. Depois os visitantes lancham e, invariavelmente, todos saem muito contentes com a programação oferecida”, conta Leda Almeida, diretora do museu.

Na última semana o local recebeu um grupo de alunos entre 8 e 12 anos de idade. “Por essa razão, preparamos atividades lúdicas, que incluíram filmes de animação e uma exposição dialogada sobre higiene pessoal. Todos receberam um kit de escova de dente e um dentifrício para, em casa, colocar em prática aquilo que puderam aprender. Foi um encontro muito animado, com aprendizagem e momentos lúdicos”, diz. A equipe já conta com uma lista de escolas cadastradas, mas quem quiser participar basta ir ao Memorial e fazer a inscrição fornecendo os dados da escola.

Leda destaca que o projeto é um sucesso graças ao apoio que recebe. “Compreendemos que por mais que um espaço museal seja moderno, bonito e bem concebido, ele só faz sentido se tiver uma função social bem definida. Desenvolver o projeto ‘A escola vai ao Memorial’, em especial com as escolas circunvizinhas do HU significa ser fiel a esse princípio de dar vida ao Memorial criando atividades de extensão capazes de promover ações de saúde e educação para crianças e jovens da escola pública”, diz. E continua: “esse projeto só é possível graças à compreensão da gestão do hospital. A superintendente do HU, Fátima Siliansky, abraçou a proposta e tem dado todo apoio necessário ao seu desenvolvimento. Uma gestão que tenha a visão social, voltada para a comunidade faz toda diferença. Seria impossível atender essa demanda sem o suporte que pudesse assegurar as condições para seu desenvolvimento”, finaliza.