Dirceu Lindoso é homenageado na 8ª Bienal do Livro de Alagoas

"Maior escritor vivo de Alagoas" recebeu homenagem das mãos da reitora Valéria Correia


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"Maior escritor vivo de Alagoas" recebeu homenagem das mãos da reitora Valéria Correia (Foto - Renner Boldrino)
"Maior escritor vivo de Alagoas" recebeu homenagem das mãos da reitora Valéria Correia (Foto - Renner Boldrino)

Letícia Sant’Ana – estagiária de Jornalismo

A mesa-redonda Alagoas, identidade cultural e projeto social homenageou no último domingo (1°) o professor Dirceu Lindoso, Doutor Honoris Causa da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). A solenidade foi realizada na sala Ipioca do Centro Cultural e de Exposição Ruth Cardoso.

“Penso que a Bienal em seu segundo dia já tem pleno sentido com essas homenagens. Já valeu a pena pelo significado que elas representam. Só tenho a agradecer pela sua presença e existência, Dirceu”, enfatizou a reitora Valéria Correia. A cerimônia fez parte do Seminário História, Debate Cultural e Teoria Social, que homenageia mais dois autores alagoanos: Sávio de Almeida e Élcio Verçosa.

O cientista social Golbery Lessa, presente na mesa-redonda, reforçou que a ocasião teve um significado muito profundo. “Nós temos medo de discutir a identidade alagoana diante dos poderes oligárquicos. Dirceu faz parte de uma geração de lutadores sociais, é capaz de transitar em várias áreas, sempre mantendo uma atitude política ética. Ele detona a visão de Alagoas pelas oligarquias. Esse debate sobre Dirceu é um debate sobre Alagoas”, explicou Lessa.

Obras como a formação de Alagoas boreal, a utopia armada: rebeliões de pobres nas matas do Tombo Real, entre tantas outras, são fonte inspiradora para autores, professores e pesquisadores. “A história do nosso estado obscurece o papel que tiveram os grupos minoritários, como os negros e índios. Dirceu redefiniu aspectos sobre a interpretação de Alagoas e reintroduziu essas pessoas na história. Na minha opinião, Dirceu Lindoso é o maior escritor vivo de Alagoas”, afirmou Bruno Cavalcanti, professor do Instituto de Ciências Sociais da Ufal.

Além de cientista social, o homenageado é reconhecido pelo seu trabalho como historiador, tradutor, romancista, poeta e é considerado um dos intelectuais mais conceituados de Alagoas. “A Ufal e a Edufal se sentem honrados em entregar essa pequena homenagem”, afirmou Osvaldo Maciel, coordenador da Bienal, ao final do debate.

“Estou muito emocionado. Ainda tenho muitos livros a editar na minha mesa. Tem muitas coisas sobre a história de Alagoas que me tocam”, contou Dirceu, que ouviu as falas de agradecimento da plateia pelo seu trabalho.