Orquestra Pedagógica da Ufal se apresenta na Bienal do Livro de Alagoas

Quem visitou o Teatro Gustavo Leite conferiu música de qualidade na tarde da última quarta-feira


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Orquestra Pedagógica da Ufal se apresenta na Bienal do Livro de Alagoas (Foto - Deriky Pereira)
Orquestra Pedagógica da Ufal se apresenta na Bienal do Livro de Alagoas (Foto - Deriky Pereira)

Deriky Pereira - jornalista

Na tarde da última quarta-feira (4), a Orquestra Pedagógica da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) se apresentou para os visitantes da 8ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas. Quem estava no Teatro Gustavo Leite teve a oportunidade de conferir música boa e totalmente gratuita.

Surgida em 2015 como Orquestra da Escola Técnica de Artes (ETA), passou a adotar o nome de Orquestra Pedagógica pouco tempo depois. Segundo a professora Miran Abs, a iniciativa é para que os alunos dos cursos técnicos de graduação e extensão – que não participam dos grupos artísticos da Ufal – possam trabalhar num ambiente de aprendizagem coletiva.

“A função primordial é trabalhar com esse alunado que ainda não tem nível técnico para participar dos grupos artísticos da Ufal, como a Orquestra Sinfônica Universitária (OSU) e servir como um canal de acesso. Por isso é trabalhada de forma progressiva a aprendizagem técnica e com repertório variado”, explicou.

E na apresentação desta quarta, foi exatamente isso que o público acompanhou. “Música erudita, como Mozart e Bach, por exemplo, mas também tivemos obras como Luiz Gonzaga, Alceu Valença. Trabalhamos com um repertório mais popular e regional, como também do erudito.

Durante a apresentação, que durou cerca de uma hora, algumas pessoas da plateia foram convidadas a ajudar os músicos, o que reforça o caráter pedagógico da Orquestra. A pró-reitora de Extensão da Ufal, Joelma Albuquerque, acompanhou a apresentação e aprovou.

“Fiquei observando, as pessoas subindo ao palco, passando no meio da Orquestra e ficando na frente de um teatro de plateia com 500 a 600 pessoas e aí elas puderam ver de perto os instrumentos, estarem ali, vivenciar de perto. Isso mexe com a subjetividade da pessoa, ela vê que é possível, não é algo do outro mundo. ‘Se esses que tão tocando aprenderam, eu também posso?’, ela pode se questionar”, comentou.

A professora Miran Abs reforçou que o apoio da Coordenação de Assuntos Culturais (CAC) e da Pró-reitoria de Extensão (Proex) foi importante para chegarem até aqui. Para Joelma Albuquerque, enquanto pró-reitora, passa a ter uma concepção clara do que é a Universidade e do que ela significa socialmente.

“Essa produção, esse conhecimento, ele é negado às pessoas e aí [tem] um espetáculo como esse, numa Bienal, de forma gratuita, para que as pessoas assistam, sem limite de idade, que elas possam acessar esse conhecimento, além de sentir e aprender também. Porque o concerto não foi unilateral, ele teve participação, o que aproxima as pessoas de algo que parece alheio a elas, que é a música erudita. A música é tão necessária para nossa sobrevivência quanto qualquer outra coisa. A gente hoje precisa, para nos tornar humanos, de emoções elaboradas e humanizadas, de acessar cultura, música, teatro e todas as manifestações culturais em todos os âmbitos. Eu acho que é uma experiência excepcional”, finalizou a pró-reitora de Extensão.