Alagoas entra no mapa mundial da percussão

Primeiro encontro internacional foi o responsável por essa inclusão


- Atualizado em
Alguns dos participantes do 1º Percufal. Fotos: Marina Oliveira
Alguns dos participantes do 1º Percufal. Fotos: Marina Oliveira

Simoneide Araújo - jornalista colaboradora

Um sonho que virou realidade e responsável pela inclusão de Alagoas no mapa mundial da percussão. Essa é a avaliação do professor e percussionista Augusto Moralez, idealizador e coordenador do 1º Percufal - Encontro Internacional de Percussão da Escola Técnica de Artes (ETA) da Universidade Federal de Alagoas.

No último mês de novembro, 32 artistas se revezaram durante um dia inteiro no Espaço Cultural da Ufal para mostrar o que o Brasil e o mundo produzem na área de percussão, intercalando aulas e apresentações. E, claro, os alagoanos não ficaram de fora desse desafio. “Essas pessoas aceitaram nosso convite e vieram participar do Percufal de graça, sem ganhar cachê. Isso foi maravilhoso! Vieram pela nossa amizade e confiança em nosso trabalho”, afirmou Moralez.

O público pode conhecer o som produzido pelo dinamarquês Ronni Kot Wenzell; pelo Desvio Duo, com Rafael Alberto, de Minas, e Leonardo Gorosito, do Paraná; e pelo Duo Repercuti, de Recife. Além desses, outros artistas e professores de vários cantos do país também estiveram em Maceió participando do evento, como  Leandro Lui, de São Paulo; Joao Carlos, de Recife; e os alagoanos Paulo Keita, Maglione Santos, Afoxé Obá Agodô e o grupo Percufal – apresentando Atarcizio Alexandre, Elisson da Silva Araújo, Mylãnne Santana,Rodrigo Melo e Alysson Pimentel.

Também houve apresentações de solistas de marimba, grupos de percussão, o balé folclórico Afoxé Obá Agodô, projeto social desenvolvido no Benedito Bentes, em Maceió, entre outros. Além dos artistas, um público especial foi ao Espaço Cultural. “Recebemos crianças atendidas pelo projeto social Na base da cultura, também do Benedito Bentes

Segundo Moralez, graças à boa repercussão do 1º Percufal, vários músicos já demonstraram interesse em participar dos próximos. “Nosso evento foi uma maravilha! Deu muito trabalho, por ser o primeiro que realizamos, mas estamos colhendo bons resultados. Prova disso é que músicos dos Estados Unidos, do México e de Belém do Pará já se ofereceram para vir no próximo encontro. Nossa ideia é que esse evento seja anual”, disse.

O 1º Percufal foi todo custeado pela ETA, a qual está vinculado o curso técnico em Percussão, coordenado por Moralez, e teve apoio cultural da Eletrosson Musical e da Nagano Drums. Agora é esperar pelo próximo ano, quando Maceió receberá outros grandes artistas da percussão local e internacional.