Ufal e Fapeal discutem qualidade da pós-graduação em Alagoas

Seminário de avaliação durou dois dias e contou com a participação de 29 cursos, entre mestrados e doutorados


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Participaram do seminário o Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação,  Alejandro Fréry, a reitora da Ufal, Valéria Correia e o professor João Vicente Lima, representando a Fapeal. Foto: Naísia Xavier
Participaram do seminário o Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Alejandro Fréry, a reitora da Ufal, Valéria Correia e o professor João Vicente Lima, representando a Fapeal. Foto: Naísia Xavier

Ascom Ufal com Ascom Fapeal

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) promoveram o seminário de avaliação do último acordo de cooperação firmado com o Ministério da Educação, mais especificamente através da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). 

A cooperação torna possível investir recursos federais para a formação de mestres e doutores em Alagoas, além de manter e aperfeiçoar os programas de pós-graduação strictu sensu nas instituições públicas de ensino superior e pesquisa. 

O evento foi realizado no Campus A.C Simões, nos dias 5 e 6. Em sua fala, a reitora da Ufal, Valéria Correia, mostrou que: “a Fapeal está na contramão do financiamento federal, porque a Fundação e o Governo do Estado têm priorizado, nesses últimos anos, o financiamento de pesquisas e bolsas e os eventos científicos, principalmente nas universidades públicas de Alagoas”, se referindo à atual conjuntura de significativos cortes federais no orçamento para Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I).

 

Interação 

Participaram do seminário 29 programas de pós-graduação (PPGs) da Ufal, que, além de apresentarem seus resultados, puderam trocar experiências entre as áreas do conhecimento. Para Norma Alcântara, coordenadora da pós-graduação em Serviço Social, o momento foi muito além de comemorar a conquista da autorização da Capes para funcionamento do doutorado: “Eu considero a ideia do seminário muito importante. Há diferenciações nas áreas, inclusive, de investimentos. Mas temos que olhar coletivamente para a pós-graduação da Universidade. Cada um cuida da sua particularidade, mas isso também é algo que tem que ser coletivamente cuidado. Ascender para outro nível de qualidade tem que ser algo em que todos se envolvam”, observou a pesquisadora. 

Muitos resultados foram comemorados como, por exemplo, a criação de novos doutorados e o fato de que alguns programas melhoraram o conceito com que a Capes avalia os PPGs do país inteiro.

Dentre as dificuldades apontadas, alguns pontos foram praticamente consenso entre todos os cursos: usar a Língua Inglesa para comunicação de resultados de pesquisa, principalmente na escrita de artigos, ainda é um freio na carreira dos pesquisadores de Alagoas, impactando de maneira coletiva. A falta de pessoal específico para substituir o tempo gasto pelos próprios cientistas com atividades burocráticas também foi uma reclamação frequente. 

“Os pesquisadores podem estar seguros que as principais demandas que ouvimos aqui serão apresentadas ao Conselho Universitário (Consuni) da Ufal e levadas à discussão no Conselho Superior da Fapeal”, assegurou o professor João Vicente Lima, diretor executivo de CT&I da Fapeal.