Seminário reúne cerca de 400 alfabetizadores na Ufal
Educadores de todo o Estado participaram do encerramento da edição 2016 do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa
- Atualizado em
Lenilda Luna - jornalista
Alfabetizadores das redes municipais dos 102 municípios alagoanos e representantes da Secretaria Estadual de Educação participaram do Seminário de Encerramento do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic/2016), nesta terça-feira (14). O Pacto foi lançado em 2013 pelo Ministério da Educação (MEC) para garantir a alfabetização de estudantes de até oito anos de idade, do 1º ao 3º anos do ensino fundamental.
Em Alagoas, no primeiro ano, a formação dos professores foi coordenada pela Universidade Federal de Pernambuco, mas já em 2014 passou para a responsabilidade do Centro de Educação (Cedu) da Ufal. Atualmente o programa de formação de alfabetizadores é coordenado pelo professor Elton Casado Fireman.
Constatou-se que nas regiões Norte e Nordeste chega a 35% o percentual de crianças que não sabem ler e nem escrever nessa faixa etária e nesses anos escolares. "Realizamos a formação de orientadores de estudos, que participam da capacitação dos alfabetizadores nos polos e municípios. É uma rede que alcança cerca de nove mil professores e impacta na educação de cerca de 180 mil crianças em Alagoas", ressalta Elton.
A importância social e pedagógica do Pnaic ganha ainda mais relevância diante dos índices ainda baixos da educação básica no Estado. "Percebemos que as escolas municipais de Alagoas já melhoraram na avaliação do Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica], mas temos ainda muitos desafios a serem superados. O ano passado foi particularmente difícil por causa da turbulência política e a expectativa da continuidade do Pacto. Mas estamos concluindo essa turma e já temos a previsão de selecionar mais professores a partir de abril ou maio", informou.
Entre os cerca de 400 professores que lotaram dois auditórios na Ufal, a alfabetizadora Araly Batista, da Escola Paulo Freire, localizada no Sítio São Jorge, em Maceió, elogiou o programa. "Como orientadora de estudos e como professora alfabetizadora, aprendi muito nas oficinas de prática de leitura e de escrita e nos estudos sobre a relação entre teoria e prática na sala de aula. Também tivemos uma rica troca de experiências com alfabetizadores de todas as regiões do estado", destacou Araly.
Já o professor Erivaldo Valério, que atua na Secretaria Municipal de São José da Laje, na zona da mata alagoana, ressaltou o compartilhamento de pesquisas. "Foi importante conhecer quais as pesquisas e estudos mais recentes em alfabetização, promovidos nas universidades federais, para poder levar esse conhecimento para nosso município", declarou o educador.