Lançamento do comitê de combate à violência inicia programação do Dia da Mulher

Evento conta com uma série de atividades até a próxima sexta-feira


- Atualizado em
Lançamento do Comitê de Combate à Violência contra Mulheres
Lançamento do Comitê de Combate à Violência contra Mulheres

Thâmara Gonzaga - jornalista

O lançamento do Comitê de Combate à Violência contra a Mulher, ao Racismo e à Homofobia, realizado nesta segunda-feira (6), marcou a abertura da programação do Dia da Mulher. O evento é promovido pela Coordenação de Qualidade de Vida no Trabalho da Pró-reitoria de Gestão de Pessoas da Ufal (CQVT/Progep) e conta com uma série de atividades até a próxima sexta-feira.

“O comitê é uma forma de institucionalizar o diálogo sobre esse tema e reafirmar que a questão da violência contra a mulher não pode ser invisível para a sociedade”, defendeu a reitora Valéria Correia. “É preciso lutar contra a cultura do assédio moral, sexual e estupro na sociedade e nos espaços da universidade”, acrescentou ao lembrar da importância da presença feminina em cargos de decisão. “Tenho o orgulho de dizer que, na nossa gestão, temos muitas mulheres em cargos decisivos”, destacou.

A pró-reitora de Gestão de Pessoas (Progep), Carolina de Abreu, também participou do evento e reforçou a importância da comissão. “Na Ufal, de 1.600 técnicos, mil são mulheres; no quadro de docentes, 45% são professoras. Somos muitas nessa instituição e é inadmissível o desrespeito. É preciso tocar no assunto e combater o problema do assédio moral, da violência verbal e comportamental”, ressaltou. “Toda negação de direito é violência e não se pode naturalizar”, completou a professora Silvana Medeiros, pró-reitora Estudantil (Proest).

Segundo a professora do curso de Serviço Social e líder do grupo de pesquisa Frida Kahlo, Andrea Pacheco, o comitê atuará em duas dimensões: uma parte pedagógica, com pesquisas, propostas de oficina e palestra; e a assistencial, com direcionamento psicológico, jurídico e na área da saúde. “As pessoas que sofrem alguma violência ficam muito fragilizadas e desistem de buscar ajuda. Por isso, a importância desse direcionamento”, explica. “Queremos combater a cultura do estupro, do racismo, machismo e da homofobia, ou seja, opressões que acontecem em muitos espaços da sociedade”, concluiu a professora Andrea.

A programação da CQVT tem apoio das entidades sindicais Sintufal e Adufal, e continua com atividades variadas, conforme anexo. Na quarta-feira (8) haverá um Ato Político de enfrentamento das opressões, violências e retrocessos, com uma caminhada iniciando da Praça Sinimbu, às 9h.

A Assessoria de Comunicação da Ufal também lançou uma campanha para as redes sociais. Durante esta semana, use a #MulheresNaUfal para publicar fotos no Instagram. Mostre personagens e atitudes que representam a data em homenagem às mulheres.