GraduaSUS debate políticas afirmativas e transversalidade na formação

Oficina temática de março compartilhou experiências positivas com alunos, professores e profissionais


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Emeline Donato, coordenadora do PET Saúde GraduaSUS. Foto: SMS
Emeline Donato, coordenadora do PET Saúde GraduaSUS. Foto: SMS

Ascom SMS

O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde, o PET Saúde GraduaSUS, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e a Coordenação Geral de Desenvolvimento de Recursos Humanos (CDRH) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) promoveram oficina temática Políticas Afirmativas e Transversalidade na Saúde.

O evento realizado no final de março contou com cerca de 80 participantes entre professores (tutores), preceptores (profissionais de saúde dos serviços e da gestão da SMS) e alunos dos cursos de Enfermagem, Farmácia, Medicina, Nutrição, Psicologia e Serviço Social. O PET Saúde GraduaSUS Ufal tem como objetivo central promover mudanças curriculares dos cursos envolvidos nos projetos aprovados pelo Ministério da Saúde, adequadas às políticas públicas da área e realidades locais. Com essa perspectiva, desenvolve diversas atividades mensalmente, como grupos de trabalho, reuniões gerais, oficinas temáticas, cursos, rodas de conversa, dentro da Universidade, nos serviços de saúde, na gestão, etc.

A oficina temática de março teve como foco a apresentação da experiência da professora Sandra Bonfim na Uncisal, uma vez que os cursos de saúde da instituição já passaram por reformulações de seus projetos político-pedagógicos e possuem conhecimentos comuns em seus currículos, objeto do programa, bem como a inserção dessa temática, obrigatória pelas Diretrizes Curriculares Nacionais.

“Sendo o SUS ordenador da formação em saúde, segundo a Lei Orgânica da Saúde – 8080 de 1990, é imprescindível fomentarmos espaços que permitam discussões plurais, apresentem a diversidade da sociedade contemporânea e pensem a produção de cuidado de maneira compartilhada. Considerando as experiências já realizadas e em curso, estamos articulando as instituições públicas SMS, Ufal e Uncisal para enriquecimento conjunto e atendimento qualificado aos nossos objetivos. Para tanto, é fundamental o apoio à integração ensino-serviço-gestão-comunidade, ao tempo em que investimos na formação acadêmica sintonizada com a realidade, disparamos fluxos potentes de educação permanente em saúde, olhando para os processos de trabalho no SUS”, afirma a coordenadora geral do PET Saúde GraduaSUS Ufal, Emilene Donato.

A coordenadora definiu o retorno dos participantes como muito positivo, destacando a necessidade de buscar respostas, levando em consideração aspectos sociais, históricos, políticos e culturais de pessoas e grupos, como foi discutido, o que refletiu diretamente nas reflexões do grupo acerca da abordagem.

“Ficou a reflexão sobre a importância de discutirmos amplamente esse tema. O preconceito é real, impacta na pele. Sandra trouxe uma história de lutas e conquistas, nos sensibilizou e inspirou a construir essa história juntos, levando esse conhecimento para dentro de casa, para a Universidade, para a fila do banco, a todos os lugares, para o maior número de pessoas”, afirmou Hansmille Santos, aluno do 7º período de Enfermagem da Ufal. “Foi o melhor momento do PET, porque ao mesmo tempo em que estávamos aprendendo vimos possibilidades do que queremos fazer”, complementou Francielle Silva, estudante do 6º período de Psicologia.

O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde foi regulamentado por meio da Portaria Interministerial nº 421, de 03 de março de 2010 e reformulado pelo Edital nº 13, de 28 de setembro de 2015. A iniciativa tem como pressuposto a educação pelo trabalho e visa qualificar os processos de integração ensino/serviço/comunidade de forma articulada entre as instituições de ensino e o Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com seus princípios e necessidades. A Ufal tem projeto aprovado com a SMS com vigência até abril de 2018.