Aberta oficialmente a 8ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas

Evento ocorre até o dia 8 de outubro no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso


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A reitora Valéria Correia disse que a Bienal demarca a importância da nossa Ufal na vida do povo alagoano (Fotos: Thiago Prado) | nothing
A reitora Valéria Correia disse que a Bienal demarca a importância da nossa Ufal na vida do povo alagoano (Fotos: Thiago Prado)

Deriky Pereira - jornalista colaborador

Às 20h12 desta sexta-feira (29) o Coro da Universidade Federal de Alagoas (Corufal) subiu ao palco do auditório A do Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso para a interpretação de cinco canções. A primeira delas foi o Hino Nacional, seguido do Hino Alagoano. Logo após, outras três músicas foram interpretadas e um vídeo institucional apresentou a programação da 8ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas para toda a sociedade.

A partir de hoje e pelos próximos nove dias, Alagoas vai respirar cultura por meio da única Bienal no país promovida por uma instituição pública de ensino superior e, como tal, gratuita: a Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O diretor da Editora da Ufal (Edufal), Osvaldo Maciel, foi o primeiro a falar sobre o evento. Para ele, em meio às dificuldades vivenciadas nos dias de hoje, é enigmático realizar um evento da magnitude da Bienal.

“Ao longo dos próximos dias, cerca de 100 profissionais, editoras do país inteiro, 80 atividades entre oficinas, palestras e bate-papo, lançamentos de livros, espetáculos artísticos que envolvem mais de 500 pessoas, além das escolas que visitarão o evento. Cito também as parcerias com o Governo de Alagoas, Prefeitura de Maceió, Universidade Aberta do Brasil e os apoios fundamentais para garantir esses números e toda a gratuidade do evento. Essa bem-vinda ousadia que é uma Bienal, feita pela Ufal, ganhou corpo, superou a crise e se apresenta à sociedade alagoana”, declarou.

O vice-presidente da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes), Gerson Guimarães, disse que esta é uma noite de festa e parabenizou a reitora Valéria Correia em nome do protagonismo da Ufal em realizar um evento como a Bienal alagoana.

“Estamos no início de uma Bienal que nasce como um sucesso. Ela tem uma marca própria que lhe dá mais relevância. Realizamos uma Bienal em Alagoas diante de um quadro político que é polêmico, mas a maior marca da realização do evento é a presença da Ufal. Esse é um momento vitorioso e nós esperamos que seja um grande evento”, disse ele.

O prefeito de Maceió, Rui Palmeira, foi breve em seu discurso. Ele saudou a todos que contribuem direta e indiretamente com a realização da Bienal de Alagoas e lembrou que cerca de 6.800 alunos da rede municipal estarão presentes no evento. Enfatizou a importância da leitura ao dizer que “ler abre a possibilidade de um futuro melhor”.

Já o governador de Alagoas, Renan Filho, saudou aos alagoanos que participam da Bienal, citou os turistas que nos visitam e visitarão durante os dias de evento e disse ser um motivo de orgulho para o Estado colaborar com a realização do maior evento literário e cultural de Alagoas. “É motivo de muito orgulho colaborarmos com um evento dessa magnitude. Uma Bienal como essa, no bicentenário de Alagoas, significa encontrar muita coisa nova, ao lado das novidades, de nossas tradições culturais que são mais valorizadas ainda. Não vejo caminho senão pelas portas da educação, fortalecimento da cultura de ler”, enfatizou.

Por último, foi a vez de a reitora da Ufal, Valéria Correia, que cumprimentou todos os parceiros colaboradores da Bienal. Citou o diretor da Edufal que, de acordo com ela, “comandou brilhantemente a organização do evento.” Citou que os livros sozinhos não mudam o mundo, mas que um acervo deles pode ajudar na compreensão da realidade e numa forma de mudar o mundo.

“A literatura e o livro são envolventes e o ato da leitura nunca é passivo, sempre é ativo e pode nos libertar. Nesses 200 anos de Alagoas, a Ufal, no alto de seus 56 anos, vem por meio da Bienal celebrar e se confraternizar com os viventes de nosso Estado. A Bienal demarca a importância da nossa Ufal na vida do povo alagoano. Além disso, em tempo de incertezas políticas, retirada de direitos e cortes orçamentários e a possibilidade de concentração dos recursos destinados à capital que são um ataque à autonomia das Universidades, a Bienal é uma demonstração de força de todos que fazem a comunidade universitária. A nossa Bienal, única organizada por uma Universidade pública, tem acesso totalmente gratuito. Viva Alagoas, Viva a Ufal e Viva ao povo Alagoano!”, encerrou Valéria Correia, recebendo aplausos dos presentes.

Após a solenidade oficial de abertura, as autoridades presentes partiram para o corte das fitas. E, tal como vídeo institucional exibido no início da solenidade, fica aqui o convite: Prepare-se para viajar no melhor do universo da literatura e da arte. Com o tema Livros que Envolvem, Leituras que Libertam, está oficialmente aberta a 8ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas!