Fórum de Saúde Mental da Ufal apresenta dados sobre adoecimento dos servidores

Afastamentos por doenças relacionadas à saúde mental estão em segundo lugar nas ocorrências


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Carolina de Abreu, pró-reitora de Gestão e Pessoas e do Trabalho
Carolina de Abreu, pró-reitora de Gestão e Pessoas e do Trabalho

Letícia Sant’Ana - estagiária de Jornalismo

A 3º reunião do Fórum de Saúde Mental da Ufal, realizada nesta terça-feira (26) no Centro de Interesse Comunitário (CIC), trouxe para debate a questão do adoecimento de técnicos e docentes da Universidade. Os dados apresentados demonstram que os afastamentos por doenças relacionadas à saúde mental (CID-F) estão em segundo lugar em termos de ocorrência e em primeiro por tempo de afastamento.

No período de 22 de agosto de 2016 a 22 de agosto de 2017, foram 474 afastamentos, dentre eles, 105 por CID-F. No total, foram 5.283 dias de afastamento por conta de doenças relacionadas à saúde mental. Os professores aparecem em primeiro lugar nas ocorrências de afastamento por cargo, seguido dos enfermeiros, e as mulheres em primeiro na proporção de servidores por sexo. A CID é publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e trata de uma Classificação Internacional de Doenças e problemas relacionados à saúde.

O médico perito da equipe do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (Siass/Ufal), Rafael Vasco, foi quem apresentou a visão pericial dos afastamentos relacionados às alterações da saúde mental. “É aparente o aumento da incidência dos afastamentos por CID-F nos últimos cinco anos e a alta ocorrência de transtornos relacionados à depressão, além do grande impacto na perda de dias de trabalho em relação às outras causas de adoecimento”, afirmou Vasco.

Além da apresentação de dados sobre os servidores, o Fórum avaliou as ferramentas online do Siass, demonstrando algumas limitações observadas durante o levantamento, como a falta de acesso a uma tabela com dados gerais relativos ao afastamento; a limitação do mecanismo de consultas na hora de combinar e comparar sexo, raça, faixa etária, CID, setor e cargo; e a ausência de opções para consulta de informações tais como tempo de serviço na instituição e carga horária de trabalho. A terceira reunião do Fórum seguiu com sugestões e questionamentos dos participantes.