Seminário discute história, cultura e teoria social de Alagoas na Bienal
Evento também homenageia três intelectuais alagoanos que contribuíram para enriquecimento da história e da pesquisa do Estado
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Deriky Pereira – jornalista colaborador
A programação da 8ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas contará com uma homenagem especial a três dos principais intelectuais alagoanos que contribuíram para o enriquecimento da pesquisa e da história do Estado. Trata-se do Seminário História, Debate Cultural e Teoria Social, que será realizado nos dias 30 de setembro e 1º de outubro, na Sala Ipioca do Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso. A entrada é gratuita.
Para cada uma das mesas, os debates serão específicos sobre Alagoas, em alusão aos 200 anos de Emancipação Política do Estado, comemorado em 16 de setembro. No sábado (30), das 10h às 12h, será a primeira mesa, intitulada Como se pensou Alagoas?, e, em meio às discussões, será feita uma homenagem ao ex-professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Élcio Verçosa.
“No caso dele, essa homenagem se dará em função dos debates sobre a relação entre história, cultura e educação e também pensando na contribuição efetiva dada por ele na construção de um sistema estadual de educação, as lutas que realizou no plano dos sindicatos, tanto da educação básica quanto da Adufal [Associação dos Docentes da Ufal] e a própria importância dele para se pensar em educação no Estado”, explica Osvaldo Maciel, diretor da Edufal.
Ainda no sábado, das 14h às 17h, será realizada a segunda mesa, intitulada Formação histórica de Alagoas, que homenageará o pesquisador Luiz Sávio de Almeida. “Pra destacar um debate historiográfico e a produção de pesquisas que ele realiza há muitos anos, visto que ele é um historiador que privilegia sujeitos e personagens que estão escondidos ou na parte de baixo da classificação social, como movimento operário, índios e sem terra", complementa Maciel.
Por último, no domingo (1º), das 10h às 12h, durante a mesa Alagoas, identidade cultural e projeto social, o homenageado da vez será Dirceu Lindoso. “Pela crítica absolutamente cortante que ele realiza sobre nossa tradição cultural, visto que ele propõe uma ruptura com essa tradição e pelo fato de ter obras de impacto em nível nacional e internacional”, ressalta Osvaldo.
Ainda segundo o professor, os três serão homenageados por servirem como ponte entre a geração de historiadores de meados do século 20 e os que vêm surgindo atualmente. “Essas homenagens são uma forma de dar destaque a eles, que ajudaram a discutir e debater as trajetórias que realizamos ao longo de nossa historia e as possibilidades de construção de futuro alternativo para nossa sociedade”, conclui.