Ufal terá eleições paritárias para as direções do Campus Arapiraca e das Unidades Acadêmicas

Resolução aprovada no Consuni uniformiza o processo de escolha de dirigentes na Ufal


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Momento da votação da paridade, transmitida ao vivo no canal da Ascom Ufal no Youtube | nothing
Momento da votação da paridade, transmitida ao vivo no canal da Ascom Ufal no Youtube

Lenilda Luna - jornalista

Na sessão ordinária do Conselho Universitário (Consuni), realizada nesta segunda-feira (4), o ponto de pauta que demandou maior tempo de debate, pela quantidade de intervenções, pedidos de esclarecimentos e questionamentos em relação aos princípios democráticos, foi a definição de orientações gerais para o processo de escolha dos dirigentes das 22 Unidades Acadêmicas e do Campus Arapiraca da Ufal, que ocorrerão em novembro, para o quadriênio 2018 a 2022.

Após o debate sobre o tema, o Consuni aprovou, por 28 votos à favor, 4 votos contra e 4 abstenções, o processo de consulta de forma paritária entre os segmentos que representam a Comunidade Universitária. Assim sendo, docentes, técnicos-Administrativos e estudantes vão ter o mesmo peso eleitoral, ou seja, cada segmento deverá representar um terço do percentual dos votos válidos. Foi decidido ainda que o processo eleitoral será coordenado por uma Comissão formada por um membro de cada categoria.

O secretário dos Conselhos Superiores, Rômullo Santos, destacou que a aprovação do voto paritário ocorreu 30 anos após a Ufal realizar a primeira Eleição Direta para o cargo de reitor, elegendo Delza Gitaí. “A paridade garante o equilíbrio da participação democrática de todos os segmentos e é uma reivindicação reiterada muitas vezes pelos servidores técnico-administrativos da Ufal”, destacou o Rômullo, referindo-se às falas dos conselheiros técnico-administrativos e do presidente do Sintufal, Davi Fonseca, que fizeram a defesa da paridade.

A reitora Valéria Correia ressaltou que, pela importância do tema, a sessão do Consuni manteve o quórum para decisão até 20h15, chegando a seis horas de duração. “Os conselheiros e conselheiras mantiveram-se na reunião por entender a importância da proposta para o avanço da participação democrática nas decisões da Universidade. A atual gestão propôs essa resolução como uma forma de padronizar o processo de escolha, que antes era definido em cada unidade e levando a vários questionamentos sobre a regulamentação do processo. Agora, a paridade será garantida em todas as eleições, já que essa Universidade é construída pelos três segmentos”, destacou a reitora.