Projeto Mulungú facilita acesso à leitura no bairro do Jacintinho
Sala de leitura também será utilizada para aulas de reforço aos sábados
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Letícia Sant’Ana - estagiária de Jornalismo
Crianças e jovens do bairro do Jacintinho estão sendo beneficiados pelo projeto Mulungú, desenvolvido por estudantes do 8º período curso de Administração da Ufal. A iniciativa teve como objetivo reestruturar o espaço de leitura do Centro Comunitário Santo Antônio. A sala foi equipada com mesas, pufes, estantes e mais de 500 livros de diversos tipos: didáticos, literatura brasileira, infantis, gibis e de colorir. A meta é utilizar o espaço também para reforço das disciplinas de português e matemática aos sábados e a previsão de início das aulas é janeiro deste ano.
O projeto surgiu a partir de um desafio proposto pelo professor Eugênio Gomes dentro do conteúdo de Gestão de Projetos. Dentre os cinco trabalhos de impacto social inscritos e apresentados durante o semestre, o Mulungú obteve maior destaque devido o engajamento da equipe que superou as metas estabelecidas. Assim, o projeto se tornou uma referência dentro do curso de Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Feac) em 2017. “Ao lançar o desafio não tinha uma noção clara do alcance e impactos que iríamos produzir. A equipe superou as expectativas”, explicou o professor.
A gerente do projeto, Kelly Cris, contou que uma das primeiras preocupações durante a idealização da proposta era a aceitação da comunidade. “Conversamos com os moradores e percebemos que eles receberam muito bem a ideia. Isso ficou claro no momento das ações, quando pedimos doações e recebemos muitos livros da própria comunidade. Alguns se dispuseram a levar o material até a sala de leitura e até contribuíram na hora da revitalização do espaço”, afirmou.
Significado
O Mulungú é uma árvore nativa brasileira que pode ser encontrada em Alagoas e é muito utilizada em reflorestamentos devido a sua capacidade de crescimento rápido. “O projeto foi batizado de Mulungu devido a nossa crença que é possível começar a plantar a semente para um mundo melhor”, esclareceu Kelly.
Além de beneficiar as famílias do bairro do Jacintinho, o projeto serviu de exemplo para as aulas de outros professores da Feac. “A iniciativa leva a Universidade para fora do campus e nos ajuda a repensar nosso papel enquanto estudante. É possível utilizar o que é aprendido na sala de aula para transformar e beneficiar nossa comunidade”, finalizou.