Inclusão: filmes tiveram exibições com intérprete em libras
Tradução simultânea aconteceu na Sala de Exibições, na Praça 12 de Abril
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Exibir, discutir e incluir. Esses são alguns dos objetivos do trabalho desenvolvido pelos intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) que atuaram no Circuito Penedo de Cinema. A tradução é oferecida ao público desde 2015 e é responsável por incluir pessoas que utilizam a língua de sinais como forma de comunicação.
Alunos de escolas públicas, participantes e público em geral, que acompanharam as produções da programação da Sala de Exibições conferiram todos os detalhes dos filmes a partir da tradução em Libras.
Para Thiago Santos de Oliveira, intérprete de libras do município de Penedo e que atua no evento desde 2016, abordou a importância da inclusão para os expectadores. “Temos que fazer um estudo antes da exibição de todos os filmes, do roteiro, pois precisamos transmitir ao público tudo que acontece na tela. A comunidade surda aprecia essa inovação do Circuito e todos os anos eles participam do evento que tem inclusão, por meio da atuação do intérprete de libras”, avaliou.
Clézia Dionízio, que é intérprete e estudante da pós-graduação em Libras da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), chamou a atenção para a expansão dos campos de atuação profissional, para além do ambiente escolar e religioso, que na sua opinião são as possibilidades mais frequentes no mercado para o tradutor de libras. “Entendo que cada vez mais teremos possibilidades, principalmente após a oficialização de Libras [Língua Brasileira de Sinais] como língua. Com a Lei de Libras, de 2002, foi iniciada nas instituições educacionais, das redes municipal e estadual, que começaram a ter a presença do intérprete no cinema, em palestras, congressos e a abertura de concursos para tradutores, embora seja necessário que a lei se efetive e algumas carências possam ser sanadas”, pontuou.
O Circuito Penedo de Cinema é uma realização do Instituto de Estudos Culturais, Políticos e Sociais do Homem Contemporâneo (IECPS), Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas (Secult) e da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O evento ainda é patrocinado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Prefeitura de Penedo, Sebrae e Fapeal.