Conheça o programa de cirurgia bariátrica do Hospital Universitário

O serviço é o único em Alagoas que atende pacientes do SUS


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O médico do programa, Anderson Teixeira Cavalcante, falou sobre o perfil clínico dos pacientes atendidos
O médico do programa, Anderson Teixeira Cavalcante, falou sobre o perfil clínico dos pacientes atendidos

Klebson Candido - estagiário de Relações Públicas

Criado em 2002, o Programa de Cirurgia Bariátrica do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA) fornece acompanhamento de equipe multidisciplinar e cirurgias bariátrica e plástica a pacientes de Alagoas com obesidade, que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS). O programa do HU já realizou 450 cirurgias e atualmente conta com 120 pacientes aguardando o procedimento.

A equipe multidisciplinar do programa é composta por médicos cirurgiões e cardiologista, psicólogos, assistente social, farmacêutico, nutrólogo e nutricionista.   

Segundo o médico do programa, Anderson Teixeira Cavalcante, o perfil clínico dos pacientes atendidos é de obesos com complicações secundárias de saúde, que interferem na vida do paciente. “Estamos falando de pacientes com obesidade mórbida, com IMC [Índice de Massa Corporal] acima de 40 e complicações como hipertensão e problemas vasculares”, esclareceu.

A cirurgia bariátrica é recomendada a pacientes entre 16 e 65 anos, considerando aspectos clínicos e psicológicos de cada caso. O HU disponibiliza ao usuário do programa  avaliações e exames contínuos, como endoscopia, ultrassonografia, eletrocardiograma, exames laboratoriais, que antecedem a realização do procedimento cirúrgico.

“A cirurgia tem indicação, mas antes é necessário oferecer ao paciente o tratamento clínico. Em alguns casos, já no tratamento inicial, há perda de peso, a partir do acompanhamento psicológico”, comentou o médico Manoel Álvaro Neto, gerente de atenção à saúde do HU.        

O médico falou ainda de uma importante mudança para o paciente assistido pelo programa. “A possibilidade da cirurgia oferece qualidade de vida, a partir da mudança de comportamento, de readaptação para o paciente conseguir continuar vivendo com qualidade. O obeso mórbido está fora do mercado de trabalho e com problemas de autoestima, frisou.

Anderson Teixeira Cavalcante reiterou a importância do programa do Hospital Universitário para Alagoas. “O paciente que depende do SUS e que necessita da cirurgia está amparado pelos serviços de referência desenvolvidos pelo HU nas diversas áreas, seguindo parâmetros internacionais, destinados à população de forma gratuita”, destacou.

Mensalmente, o hospital realiza uma média de seis cirurgias bariátricas, por meio da videolaparoscopia, técnica menos invasiva, que utiliza micro câmera para a visualização do estômago e a realização do procedimento.