PET-Saúde/GraduaSUS conclui atividades com experiências que perpassam a sala de aula

Em atividade desde 2016, o PET trouxe multidisciplinaridade de conhecimento em sua nova configuração; Reitora, Valéria Correia, presidiu a cerimônia de encerramento


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Reitora, Valéria Correia, preside cerimônia de encerramento
Reitora, Valéria Correia, preside cerimônia de encerramento

Cairo Martins - estagiário de Jornalismo

Alicerçado nos eixos ensino, pesquisa e extensão, que regem o ensino público superior, o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde/GraduaSUS) finalizou seu ciclo de atividades com a palestra, Tecendo Redes na formação e cuidado à Saúde no SUS. Em ação desde 2016, o Programa envolveu seis cursos de graduação em saúde numa nova configuração voltada a multidisciplinaridade de conhecimento. A cerimônia de encerramento ocorreu na última sexta-feira (18), no Auditório do Centro de Interesses Comunitários (CIC), no Campus Sede da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Resultante de um edital lançado pelo Ministério da Saúde em 2015, o Programa teve como objetivo incentivar a discussão da mudança curricular nos cursos de graduação na área da saúde além de trazer a integração ensino-serviço-comunidade. Os estudantes trabalharam em grupos e em parceria com tutores e preceptores sob as perspectivas como pesquisa, extensão e avaliação e docência estruturante.

A reitora, Valéria Correia, considera o PET-GraduaSUS “um programa muito importante para a integração da academia aos serviços e aos cenários de prática, onde encontra-se o tripé social da Universidade - o ensino, a pesquisa e a extensão - além de ser um programa multiprofissional”. Segundo a reitora, essa interseção dos estudantes com o Sistema Único de Saúde (SUS), é muito importante para o compromisso com os serviços públicos de saúde e a defesa do SUS, e complementou: “É imprescindível que nesse processo de formação, todo estudante que passe pelo PET-GraduaSUS, saia com esse olhar e esse compromisso com a defesa SUS de qualidade”.

Essa versão diferentemente de outras do PET, teve representantes receptores, profissionais de saúde, que estavam lotados na Sede da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), e os alunos puderam circular nesses espaços e ver como é que se davam os processos tanto de cuidar quanto de gerir. Com essa perspectiva “as ações desenvolvidas, além de terem sido compartilhadas e de maneira integrada, também tiveram um princípio empoderador de incentivar a autonomia de olhar para gestão de saúde como um espaço de necessidade de aprendizagem”, declarou Emilene Donato, umas das coordenadoras do projeto e psicóloga da SMS.

A coordenadora-geral e nutricionista da SMS, Adriana Paffer, reitera que “a nova configuração do programa, teve uma proposta muito desafiadora, com trabalho integrado entre estudantes, tutores e preceptores”. Os estudantes aproveitaram o momento para realizar pesquisas e relatar experiências. Egressos dos cursos contribuíram para a percepção de novo olhar sobre a formação acadêmica integrativa.

Hansmiller Santos, discente do curso de Enfermagem, foi um dos participantes do programa e conta que, inicialmente, ficou desanimado com a nova proposta, até entender a importância da discussão de uma nova curricularização do curso e a defesa do SUS. “Esse PET veio com uma proposta da reforma curricular, e quando eu percebi, foi desmotivante, pois eu queria estar na prática, junto ao preceptor, mas me fez refletir sobre a importância do ensino-serviço-gestão e hoje eu passei a entender a Secretaria Municipal e Estadual de Saúde, e me fez ter essa visão da burocracia e do processo de trabalho da gestão”, relatou o estudante do 7º período.

Para Suzana Barrios, a integração entre as áreas está ligada ao próprio princípio do SUS, no qual a ideia é que a formação na Universidade possa se dar a partir dessa articulação multiprofissional dentro da saúde pública e da saúde coletiva. “Foi bastante significativo esse trabalho de repensar princípios práticas, ações da formação aqui na Universidade, a partir dessa integração”, finalizou a coordenadora de Desenvolvimento Pedagógico da Pró-reitoria de Graduação (Prograd).

Participaram do GraduaSUS estudantes e docentes dos cursos de Medicina, Nutrição, Enfermagem, Psicologia, Farmácia e Serviço Social, que trabalharam de forma integrada e multidisciplinar.