Seminário no HU debate assédio moral e sexual

O momento marcou a semana nacional de combate ao assédio moral


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O seminário proposto pela  Comissão de Qualidade de Vida e do Trabalho (CQVT) marcou a semana nacional de combate ao assédio moral
O seminário proposto pela Comissão de Qualidade de Vida e do Trabalho (CQVT) marcou a semana nacional de combate ao assédio moral

Klebson Candido - estagiário de Relações Públicas

A Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (Progep), por meio da Coordenação de Qualidade de Vida no Trabalho (CQVT), realizou na última quinta-feira (3), o Seminário de Prevenção e Combate ao Assédio Moral e Sexual, no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA).

Com palestras e mesa-redonda, o seminário buscou informar e esclarecer as diversas nuances da prática de assédio nas relações de trabalho e reforçar a importância dos procedimentos administrativos e jurídicos que favorecem as investigações de denúncias.

A enfermeira, Zélia Araújo Lessa, abordou a relação dos aspectos estruturais e organizacionais das instituições ligados à prática do assédio. "O assédio moral não comporta unicamente fatores pessoais. Deve-se considerar uma combinação destes, ligados ao indivíduo, ao mercado de trabalho, às condições organizacionais e às formas de interação entre os trabalhadores", disse.

A palestrante falou ainda da caracterização do assédio moral no serviço público, que se difere pela prática evidenciada em empresas privadas. "A estabilidade e rotatividade das chefias, indicadas politicamente podem favorecer o assédio moral. As causas não são do indivíduo, mas sim, um problema cultural", esclareceu a assistente social.

Segundo a psicóloga Alessandra Siqueira, as sequelas psicológicas são resultantes de questões particulares a cada indivíduo. "As consequências da prática de assédio envolvem princípios éticos, individuais e coletivos. O sofrimento psíquico é algo imensurável e cada indivíduo irá reagir de forma diferente e pode levá-lo ao adoecimento além de psíquico, físico", defendeu.

O evento contou com a participação de representantes da Progep, das ouvidorias do HU e da Ufal, da Comissão de Ética e Corregedoria da Universidade e da Unidade Psicossocial do hospital.