Ufal sedia 2ª Conferência de Comunicação e Tecnologia

Em dois dias, estudantes e profissionais trocaram conhecimentos sobre produção de conteúdo para organizações e terceiro setor


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A relações públicas da Apala, Lilia Ferreira, conversa com estudantes sobre o trabalho desenvolvido na organização
A relações públicas da Apala, Lilia Ferreira, conversa com estudantes sobre o trabalho desenvolvido na organização

Deriky Pereira – jornalista colaborador

A Universidade Federal de Alagoas sediou, durante esta semana, a 2ª edição da Conferência de Comunicação e Tecnologia. A atividade integrou a disciplina Oficina de Tecnologias Contemporâneas do curso de Jornalismo e foi organizada pela professora Laís Falcão de Almeida. O evento promoveu, na terça-feira (15) e na quinta-feira (17), debate entre estudantes e profissionais que trocaram conhecimentos sobre produção de conteúdo para organizações e terceiro setor.

O palestrante Rafael Costa, estudante de Publicidade e Propaganda da Universidade Tiradentes (Unit) e voluntário da Aiesec em Maceió, foi um dos palestrantes. Para ele, participar do evento foi uma oportunidade muito boa, pois além de divulgar a organização, conseguiu mostrar aos presentes algumas formas de produzir conteúdo para o terceiro setor, mesmo sem apoio de órgãos do primeiro ou segundo setores.

“O terceiro setor é uma área que não é muito vangloriada pelos demais setores, nem temos financiamento do governo, nem nada. Mas pude mostrar uns mandamentos da produção de conteúdo, por exemplo: você precisa saber quem é seu público, qual objetivo quer alcançar com as pessoas, o impacto que quer causar e também, ser amigo desse público. Entender qual a causa dele, o motivo de ele ser um potencial comprador de seu produto ou serviço e, principalmente, saber passar a mensagem”, disse ele.

A relações públicas da Apala, formada pela Ufal, Lília Ferreira, avaliou a importância de trazer o debate sobre o assunto e a troca de experiências com os estudantes e demais presentes na palestra. “Foram levantadas questões importantes sobre o tema e reforçamos que, na Apala, utilizamos muito a comunicação como uma das principais ferramentas para captação de recursos e realização das atividades. Além disso, acho importante a oportunidade de poder mesclar a teoria e a prática, dando a oportunidade de que o aluno veja como funciona o mercado de trabalho. Então, tudo isso deu uma dinâmica muito bacana na nossa palestra, bem construtiva e produtiva”, salientou.

Os representantes da Organização Arnon de Mello (OAM), Wanessa Oliveira e Madysson Weslley, falaram sobre a produção de conteúdo para redes sociais. A Organização, segundo eles, resistiu um pouco em investir nesse novo canal de informação se comparada com relação a principal concorrente, que já investe nisso há mais tempo. No entanto, o desafio maior é que em se tratando de rede social, a maior concorrente acaba se tornando ela mesma.

“Nas empresas, de modo geral, o foco é mais a propaganda, algo voltado à questão da venda. Nós, não. Nós somos um núcleo de redes sociais que é ligado à OAM e dentro de uma empresa de comunicação. Houve e ainda há a questão de as redes sociais tirarem um pouco o foco das empresas, pois a própria rede social já é um veículo, então ela também é a própria concorrente do nosso meio”, disseram.

Os dois comentaram que todas as publicações nos perfis de redes sociais da Organização não são impulsionadas, ou seja, todo alcance até então é orgânico. Comentaram também sobre a curiosidade que alguns dados costumam apresentar, como por exemplo, o fato de uma notícia de variedades renderem mais do que algum fato jornalístico com apelo mais relevante para o foco do veículo.

“A rede social está mudando o tempo inteiro e às vezes, matérias de teor mais variado rendem mais do que uma matéria jornalística que a gente acredita ter um maior potencial. Como exemplo, podemos citar que um post nosso mais curtido é um do casamento do [humorista e YouTuber] Whindersson Nunes, que foi em Alagoas. Então, algumas notícias podem não ter tanta relevância social, mas a rede social permite que o jornalismo saia um pouco daquele pedestal de ser aquilo ali, fechado e tudo, não é bem assim”, explicaram.

A professora Laís Falcão de Almeida avaliou o evento como positivo e que o objetivo da Conferência foi cumprido com sucesso, tendo a oportunidade de trazer profissionais que, por meio de um bate-papo informal, puderam apresentar suas atividades e, ao mesmo tempo, tirar dúvidas dos estudantes quanto ao mercado de trabalho, algo que cria um diálogo entre a Universidade e os profissionais de comunicação digital.

“Os profissionais trouxeram novas informações sobre as mídias digitais nos dias de hoje. Foi falado sobre a ética no jornalismo na produção de conteúdo sobre a saúde das crianças, da importância de se procurar trabalho voluntário e ser parceiro de organizações para construir um portfólio e sobre os desafios da questão de se trabalhar essa comunicação digital em Maceió, apresentando também a relação com os internautas que ajudam a pautar os veículos da Organização Arnon de Mello. Então, foram várias questões abordadas que complementam o conteúdo visto em sala de aula”, apontou.