Núcleo de Acessibilidade promove Exposição Tátil durante calourada

Ação sensibiliza comunidade mostrando um pouco da realidade de pessoas que possuem deficiência visual

Por João Paulo Rocha - Estagiário de relações públicas
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A experiência pode ser vivenciada até o dia 20
A experiência pode ser vivenciada até o dia 20

Este ano, a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), alcançou o maior número de estudantes matriculados que possuem deficiências físicas. Pensando nisso, o Núcleo de Acessibilidade (NAC) está realizando durante a calourada a Exposição Tátil, para que não só os recém ingressos, como toda comunidade acadêmica possam vivenciar um pouco da realidade que pessoas com deficiências costumam passar.

A ação foi montada pelos bolsistas do NAC e baseada na maioria dos estudantes atendidos; os que possuem deficiência visual. Assim, foram preparados e adaptados materiais com diferentes formatos, texturas e tamanhos para que o público possa explorar todos os sentidos. Outro ponto que vale ressaltar é que apesar de a inspiração ter sido a pessoa cega, a exposição é inclusiva, pois possui acesso para cadeirante, pessoas com síndrome de down, dentre outras condições.

Segundo Neiza Fumes, Coordenadora do Núcleo, a ação tem como principal objetivo fazer com que o visitante experimente uma determinada temática por meio de sentidos que não são comumente explorados. A bolsista Silvana Lins, estudante de pedagogia completa que é importante que as pessoas tenham a consciência além do âmbito da calourada, para se colocar no lugar do outro e promover mudanças de hábitos que, mesmo que pareçam pequenas, podem colaborar na inclusão de todos.

Em 2018, mais de 70 pessoas com algum tipo de deficiência ingressam nos cursos de graduação da Ufal por meio da política de cotas, sem contabilizar os que se candidataram por ampla concorrência.

O Núcleo de Acessibilidade da Ufal dedica-se a esta e outras ações para que possam ser garantidos os direitos a todos que possuam necessidades especiais na Universidade. São realizadas mediações com professores, adaptações de materiais pedagógicos, produção de materiais adaptados, visando com que o estudante tenha permanência com aprendizagem de qualidade. “Oferecemos cursos, exposições, eliminamos barreiras, sobretudo as pedagógicas. Às vezes os cursos não oferecem suporte para todos, então fazemos adaptações, oferecemos atendimentos especializados, trabalhamos em conjunto não só com os estudantes deficientes, mas com os professores, coordenadores de curso, todos que fazem parte da Ufal, para que todos tenham acesso e direitos garantidos, como qualquer estudante”, explica Roseane Amorim, bolsista e estudante de Educação Física.

Para os que desejam conhecer um pouco mais, a Exposição Tátil ocorre até esta quarta-feira (20). Para participar, basta ir ao Núcleo de Acessibilidade, no Centro de Interesses Comunitários (CIC), das 9h às 12h e das 14h às 17h.