Água é tema do Museu Itinerante durante as atividades da SPBPC jovem

Projeto aborda o assunto visando a conscientização do público

Por Aldilene Clemente - estudante de Jornalismo
- Atualizado em
Museu Itinerante da UFMG
Museu Itinerante da UFMG

As exposições do Museu Itinerante atraem estudantes, professores e alagoanos de todas as idades divulgando a ciência de forma interativa, informativa e sensorial. A parte externa, em meio a Expo&TC, apresenta obras envolvendo diversas áreas do conhecimento a partir de temas atuais, enquanto a carreta, estacionada ao lado da Reitoria, leva visitantes a um rico aprendizado sobre a situação atual e uso consciente da água. A atividade encerra neste sábado na 70ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência (SBPC), no Campus A. C. Simões. 

"O Museu participa da SBPC desde 2013 e aqui, em Maceió, o movimento está acima da nossa expectativa, estão vindo pessoas de toda a cidade. Isso é ótimo, porque assim cumprimos nosso objetivo. A ideia é mostrar que ciência não é só a ciência básica, mas diversas ciências. Somente no estande, nós temos mais de quarenta experimentos que abordam biologia, matemática, que vem com desafios de energia, e estamos começando a expor a parte de astronomia. Nossa carreta está passando por uma reformulação, lá estamos começando a tratar do tema água", informou a bióloga e coordenadora pedagógica do Museu, Priscila Barbosa. 

A carreta comporta até 150 pessoas transitando entre as cinco salas interativas que representam as etapas da apresentação sobre a água nos contextos meio ambiente e seres vivos. Instrutores falam sobre poluição, desperdício e otimização de consumo de modoacessível. Os destaques são as salas de projeção 3D, para exibição de vídeo didático; a dos biomas, mostrando quais são os presentes no Brasil e em Maceió; e a do submarino, que simula o ambiente da cabine de controle de um submarino submerso em águas profundas. 

Enquanto parte do público se concentra nas peças expostas, outra faz fila na entrada do estande do Museu Itinerante Ponto-UFMG. O motivo é o óculos de realidade virtual que apresenta animações dando ao usuário a impressão de fazer parte delas. Luciene Alves levou os netos Levy e Lavínea, estudantes do 1° e 2° ano do ensino fundamental, que nunca foram a um museu, para conhecer o projeto. "É importante ter contato com ciências e tecnologias ainda bem cedo, acho que esse conhecimento estimula o aprendizado", falou. Enquanto brincava e observava curiosamente uma das obras em exposição, o pequeno Levy disse achar o lugar melhor do que onde estuda. "Na minha escola a diretora comprou brinquedos pra gente ficar brincando na hora do recreio, mas esse aqui é muito legal, eu queria trazer meus coleguinhas para cá", fala entusiasmado.

 Professores de outros campi da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) participam com grupos de estudantes de diversas áreas para que tenham acesso à programação local. Henrique, docente do curso de licenciatura em Biologia no Campus Arapiraca, veio com mais de 50 alunos com o intuito de aprender junto com eles. Ao relatar que estava a procura de estratégias para praticar em sala de aula, informou que o museu expõe modelos didáticos possíveis de serem reproduzidos e utilizados por vários semestres. 

O projeto surgiu em 2006 e, atualmente, percorre todo o Brasil, levando um espaço científico, interativo e cultural em unidade móvel, atendendo escolas e cidades.