Conferencia de psicologia apresenta projeto que ajuda na alfabetização
Criado a partir de uma pesquisa científica, o trabalho colabora no processo de aprendizagem da leitura
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Cerca de 200 estudantes de psicologia de várias instituições se reuniram na manhã desta segunda-feira (23) na Biblioteca Central do Campus A.C Simões, para uma conferência sobre a importância da pesquisa cientifica na área para mestres e doutores. Com O Impacto da Psicologia como ciência no cenário nacional foi proferido pela professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSC), Deisy das Graças de Souza.
As discussões foram divididas entre duas linhas centrais: a primeira abordou todo o campo científico das ciências sociais aplicadas e a segunda apresentou o projeto Aprendizagem relacional e funcionamento simbólico, que vem sendo aplicado entre crianças com dificuldades na aprendizagem.
De acordo com a explanação do Conselho Federal de Psicologia, são cerca de 300 mil psicólogos formados no país, mas apenas 2% da comunidade científica é composta por psicólogos no mestrado ou doutorado. Para a professora Deisy das Graças de Souza, a falta de investimento é determinante para o crescimento lento desse setor.
Aprendizagem relacional e funcionamento simbólico é o tema do trabalho pesquisado pela professora Deisy com outros profissionais da saúde e da computação. O objetivo é ensinar por meio do computador, pessoas de todas as idades que são detectadas com dificuldade em aprender a ler.
Crianças com deficiência intelectual e auditiva também são amparadas pelo projeto que por meio de um programa são estimuladas a relacionar o som produzido pelas palavras e a imagem já conhecida por elas, facilitando no processo de leitura. A Secretaria de Educação de Santo André -SP foi a primeira a fazer parceria e aplicar o método de ensino nas escolas na cidade.
Para as escolas que não são amparadas com equipamentos ou professores suficientes, é possível baixar as atividades oferecidas pelo computador e colar em folha de papel. Um diretor ou estagiário que esteja responsável pelos estudantes precisam reservar cerca de 20 minutos diários da aula para o exercício. Já no caso de escolas que possuem sala de computação, basta realizar um cadastro e o programa sempre continuará de onde parou. Se a atividade do dia for concluída com sucesso, no próximo acesso haverá um direcionamento para a seguinte, caso contrário, ela será repetida até que haja uma compreensão.
A palestrante conta que esse método tem gerado resultados consistentes e possibilitado que pessoas de todas as idades com problemas na autoestima, decorrente de diversos fatores, entre eles uma demora no processo de alfabetização, consigam recuperar a confiança e a partir disso, desenvolver uma leitura em nível comparado a outros indivíduos da mesma idade.