Conferência sobre Computação Quântica aborda novas possibilidades para seu uso

Atividade fez parte da programação da SBPC Inovação

Por Sara Graziele - estagiária de jornalismo
- Atualizado em
Programação fez parte da SBPC Inovação
Programação fez parte da SBPC Inovação

As possibilidades para a computação a partir da revolução quântica foi o tema trazido à SBPC Alagoas pelo professor Luiz Davidovich, do Instituto de Física da Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ), na conferência Os desafios da computação quântica.

Após apresentar história e conceitos iniciais da física quântica e mostrar algumas das suas aplicações utilizadas por todos frequentemente, o professor apresentou novas tecnologias desenvolvidas com a interação de fótons em átomos, que permitiram a imaginação de novas utilizações da física quântica.

Luiz utilizou o conceito matemático de informação, formulado por John Wheeler, onde cada informação percebida se deriva de decisões binárias de sim ou não, verdadeiro ou falso, sendo assim classificados como bits. Ao relacionar os fótons com os bits, explicou que primeiros também são capazes de transmitir informação, mas têm a probabilidade de conseguirem passar ou não. Também podem ser notadas alterações no caminho desses fótons, que são trabalhados como bit quânticos, ou Qubits.

Esses qubits têm um teor de imprecisão, onde não é possível saber a medida exata antes ou depois da medição deles, apenas no exato momento do cálculo, pois ao serem medidos, seus valores são alterados e não é possível a cópia dos mesmos. A série de proibições, segundo o professor, poderia desestimular alguns, mas ressalta que, são elas que permitem a utilização dessas novas teorias e tecnologias. Uma delas é a criptografia quântica, onde é possível saber se alguma informação foi interceptada, o que pode ser utilizado para dar mais segurança à transferência de resultados de eleições, ou transferência de informações que são segredos de estado.

Outra utilização da pesquisa seria no desenvolvimento de computadores quânticos com uma velocidade de processamento maior que os computadores presentes na computação clássica. A pesquisa permite que a expansão da qualidade de processamento colocada na lei de Moore, onde a velocidade de processamento dobra a cada dois anos e pode atingir um limite na computação clássica, continue evoluindo.

Esses computadores teriam capacidade de resolver problemas de fatoração em primos de números muito grandes, assim como buscas em bancos de dados seriam mais eficientes, já que não utilizam uma pesquisa linear. Também permitiriam avanços na pesquisa de inteligência artificial, já que os computadores atuais não possuem capacidade de rodar uma IA muito avançada. Os computadores quânticos ainda permitirão a simulação de problemas da física quântica.

Veja mais sobre as pesquisas desenvolvidas pelo professor Luiz em seu perfil na plataforma lattes.