Conferência traz à reunião da SBPC debate sobre dilemas da divulgação científica
Luciano Raposo e Vitor Soli falaram de suas experiências
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Aconteceu, na manhã dessa terça-feira (24), a conferência “Divulgação científica: o lugar das ciências humanas, sociais e sociais aplicadas”. Com ênfase na história, foi abordada a trajetória das ciências na sua relação paralela existente com a linha do tempo da história da divulgação científica.
Partindo dos primórdios dessa relação, o professor Luciano Raposo de Almeida Figueiredo, da Universidade Federal Fluminense (UFF), falou acerca da dificuldade do pesquisador de ciências humanas em fazer com que a linguagem de uma pesquisa atinja o público que não tem pleno conhecimento do tema. Uma tarefa que tem como objetivo tornar a história, por exemplo, menos restrita e mais interessante aos olhos de mais pessoas.
Para ele, participar de uma conferência em um evento de grande porte como a 70° Reunião Anual da SBPC é uma oportunidade de mostrar como a divulgação científica funciona na prática, ao mesmo tempo em que fala sobre ela. “A experiência de falar na SBPC já vem pautada. Eu tenho que falar para o grande público. É essa diversidade que faz parte da SBPC, então já no dna desse projeto de trazer alguém para falar aqui, está o compromisso de que todos entendam,” conta.
A extinta Revista de História da Biblioteca Nacional foi citada durante toda a conferência. Luciano Raposo foi fundador e editor da revista, que chegou a vender 159 mil exemplares e era recebida em 59 mil escolas. Quadros como o “É muita história”, que teve 10 episódios e foi exibido pelo Fantástico da Rede Globo e a seção “História” do jornal O Globo também foram citados como fundamentais nessa busca por maior transmissão do conhecimento.
O professor Vitor Soli Giorgi também estava presente, para ele a mensagem foi passada de maneira eficaz. “A ideia é que embora a ciência seja exata é importante buscar ver o mundo de uma forma interdisciplinar. Esse era o objetivo, tentar entender onde as ciências exatas se ligam as ciências sociais,” ressalta.