Helena Nader apresenta conferência sobre inovação industrial com Renato Sá

Papel da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial foi tema

Por Mylena Jardel, estudante de Jornalismo
- Atualizado em
Renato Sá: Mais  de 90% das indústria que operam no Brasil não têm centro de pesquisa
Renato Sá: Mais  de 90% das indústria que operam no Brasil não têm centro de pesquisa

A conferência "Inovação Industrial no Brasil: o papel da Embrapii" foi realizada nesta sexta-feira (27) na Biblioteca Central da Ufal. Apresentada por Helena Nader, biomédica brasileira que já foi presidente da SBPC entre os anos de 2011 a 2017, a palestra foi ministrada por Renato Mariano de Sá, técnico em CTI na Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). A intenção é mostrar as razões pelas quais a Embrapii pode ser considerada como parte da inovação industrial no Brasil.

Logo no início de sua apresentação, Renato comentou sobre para qual público a palestra seria mais direcionada: “A apresentação vai ser uma oportunidade para universidades, grupos de pesquisas e indústria” diz ele. Logo depois, ele explicou sobre o funcionamento e missão da empresa. A Embrapii atua por meio de cooperação com instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas e privadas, com foco nas demandas de negócios e direcionando o compartilhamento de riscos na fase pré-competitiva da inovação. Segundo Renato, a missão da Embrapii é a de “promover o desenvolvimento de projetos de inovação executados nas Unidades por demanda das empresas, visando tornar o setor industrial mais competitivo”. Desta forma, a organização contribui para o processo de inovação na indústria brasileira.

Renato destacou: “mais  de 90% das indústrias que operam no Brasil não têm centro de pesquisa. Muitas operam no Brasil, mas se desenvolvem fora e trazem a tecnologia de lá”. Sendo assim, um dos focos da Embrapii, é o de ampliar os centros de P&D nas indústrias brasileiras.

A empresa tem como premissas, promover a inovação no setor, atender a demanda de empresas para a inovação, fomentar a colaboração efetiva entre empresas e credenciais de ICTs, atuar com agilidade, flexibilidade e sem burocracia na contratação e execução de projetos de P,d&I e garantir fluxo contínuo para contratação de projetos pelas empresas.

Segundo o palestrante, a Embrapii possui 42 unidades com profissionais altamente qualificados e infraestrutura de ponta. Consequentemente, essas unidades têm a função de ter capacidade técnica, contar com infraestruturas mais avançadas, histórico de atendimento às empresas, foco tecnológico e, além de centros de excelência em pesquisa e inovação, precisam ser selecionadas por processo competitivo e criterioso de credenciamento.

Sobre tecnologia da informação e comunicação, fazem parte os sistemas inteligentes (Certi), solftware e automação (Ceei/UFGC), comunicações opticas (CPqD), sistemas automotivos inteligentes (IFMG/Formiga) entre outros que associados às unidades da Embrapii. O modelo operacional está envolvido com universidades indústria e com o governo.

A Embrapii conta com parcerias como o Senai, CNPq, Sebrae, Fiesp, Banco do Nordeste, entre outras. Um ponto importante citado por ele, foi sobre uma parceria feita com a Unidade Embrapii IPT, a O Boticário, Natura, yamá e TheraSkin Farmacêutica, que se uniram e desenvolvem nanocápsulas para uso em cosméticos.