Motilidade gastrintestinal é tema de debate na 70ª Reunião Anual da SBPC

Assunto foi abordado em uma mesa-redonda coordenada pelo professor Armênio Aguiar

Por Thamires Ribeiro - estagiária de Jornalismo
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Professora Madileine Américo, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Foto: Thamires Ribeiro
Professora Madileine Américo, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Foto: Thamires Ribeiro

A 70 Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) trouxe em sua programação um debate acerca da motilidade gastrintestinal. A mesa-redonda, intitulada Vai e vem da motilidade gastrintestinal: tópicos em neurogastroenterologia e técnicas de avaliação em humanos e animais, foi coordenada pelo professor Armênio Aguiar, da Universidade Federal do Ceará (UFC), e composta pelas professoras Luciana Corá, da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal); e Madileine Américo, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Na ocasião, foram abordados temas relacionados a distúrbios gastrointestinais como refluxo, estômago embrulhado, distribuição intragástrica, cintilografia, insuficiência renal, acomodação gráfica e esvaziamento gástrico por ultrassom, eliminação de carbono ou ressonância. 

Segundo o professor Aguiar, é importante discutir e estudar o tema pois “ele é extremamente prevalente e causa um impacto muito grande no ponto de vista da qualidade de vida dos pacientes”, .já que a motilidade é responsável por fazer o transporte do alimento que chega na boca e depois misturá-lo mecanicamente. 

De acordo com a professora Luciana Corá, o padrão de motilidade é variado, em diferentes segmentos e circunstâncias, e a mesma pode gerar alguns distúrbios. 

“Uma série de doenças está ligada a distúrbios que ocorre na motilidade, distúrbios esses que afetam o indivíduo desde o nascimento. Muitas das técnicas disponíveis nas clínicas têm por objetivo avaliar os diferentes segmentos da gastrintestinal em diferentes situações em que os distúrbios vão afetar determinadas funções, só que algumas dessas técnicas têm limitações importantes, e muitas vezes elas não podem ser usadas, por exemplo, em crianças. Nós precisamos entender como é a motilidade no sentido fisiológico, como os distúrbios vão afetar esses parâmetros e de que forma nós podemos investigar para ter um diagnóstico mais preciso e mais apurado”, explicou a docente.