Professores debatem questões indígenas nos 30 anos da Constituição

A mesa-redonda aconteceu dentro da programação da SBPC Afro e Indígena e teve grande adesão do público

Por Eurídice Carvalho - estudante de Jornalismo
- Atualizado em
Debate sobre os 30 anos da Constituição
Debate sobre os 30 anos da Constituição

A SBPC Afro e Indígena realizou uma mesa-redonda para falar sobre os 30 anos da Constituição Federal de 1988 e o direito à diferença. A atividade contou com a participação do professor do Cesmac, Sandro Lôbo e do professor de Sociologia na Seune, Lúcio Vasconcelos.

O professor Sandro Lôbo falou sobre a importância de espaços como esse para o debate do tema. “Depois desses 30 anos precisamos falar sobre o que avançou de fato sobre o reconhecimento de direito, especialmente nessa questão de território indígena. Além de trabalhar um pouco a questão das ameaças que pairam nessa conjuntura atual para negação, ou mesmo retirada dos direitos consolidados na constituição de 1988. Então é muito gratificante vê a sala cheia de jovens que se interessam nessa discussão”, declarou ele.

O professor Lúcio Vasconcelos explanou sobre os direitos garantidos na Constituição de 1988 e as atuais mudanças, dando como exemplo a Reforma Trabalhista. “É preciso lutar pelas conquistas feitas nesses 30 anos da Constituição. Não podemos deixar que os direitos tão arduamente adquiridos sejam agora derrubados. Não falo aqui só sobre os direitos indígenas ou dos negros, da comunidade LGBT, das mulheres, falo sobre os direitos de todos os cidadãos que compõem a sociedade brasileira”, ressaltou.

No final da atividade os alunos puderam fazer perguntas aos palestrantes e colocações sobre o tema. Toda a palestra foi traduzida em Libras pelos interpretes, Catarina Claudino e Carlos Alberto.