SBPC Afro e Indígena discute corpos, literatura e relações étnico-raciais
Mulheres ocupam espaço de produção do conhecimento e celebram o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha
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No dia em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, 25 de julho, a programação da SBPC Afro e Indígena foi marcada pela presença de mulheres. Tratando temas diversos, as conferencistas trouxeram o saber da mulher para a 70ª Reunião Anual da SBPC.
Nadir Nóbrega é professora aposentada da Universidade Federal de Alagoas e PHD em Artes Cênicas-Dança pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). A sua conferência, intitulada O corpo negro sujeito de si na universidade, tratou a relação do sujeito negro com a universidade, como o acesso ao ensino superior e ações afirmativas: “A Universidade é um espaço de caminhos abertos e cruzados”, comentou. A atividade, que aconteceu na Sala 5 do Instituto de Educação Física e Esporte (Iefe), contou com a presença de vários ex-alunos, que compartilharam depoimentos emocionados sobre a trajetória da docente.
Já a mesa-redonda Práticas identitárias e ressignificação dos povos indígenas, contou com a participação da professora Graça Graúna, da Universidade de Pernambuco (UPE). Temas como a ancestralidade e o papel da Literatura na afirmação de identidades de descendentes de indígenas foram discutidos, além da professora ressaltar a importância do espaço: “Para mim é sagrado estar aqui hoje na SBPC”, disse.
Sobre a data
O Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha foi criado em 1992, na República Dominicana, no 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas. No Brasil, a data é comemorada desde 2014, com a sanção da lei nº 12.987, assinada pela ex-presidente Dilma Rousseff.