SBPC Inovação debate importância das ciências computacionais
A atuação multidisciplinar dos profissionais também foi tema de discussão
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A mesa-redonda As ciências computacionais na pesquisa multidisciplinar: desafios e oportunidades (SBC), no Centro de Interesse Comunitário da Ufal (CIC) fez parte da programação da SBPC Inovação.O objetivo central do debate foi mostrar a importância das ciências computacionais atuando em parceria com outras áreas, e um dos principais desafios enfrentados.
A atividade foi coordenada por Jair Cavalcanti Leite, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), diretor de projetos do Instituto Metrópole Digital (IMD), e membro da comissão de educação da Sociedade Brasileira de Computação (SBC ).
Para relacionar a questão multidisciplinar com suas áreas de atuação, participaram da mesa o coordenador do Laboratório de Computação Científica e Visualização da Ufal (LCCV), Eduardo Setton Sampaio Silveira, e o professor do departamento de clínica médica, na Universidade de São Paulo (USP), Paulo Mazzoncici de Azevedo Marques.
Setton comentou que profissionais das áreas de engenharia e computação trabalham juntos no LCCV. “Apesar de pertencer ao Centro de Tecnologia, e ter vários engenheiros, não conseguimos trabalhar sozinhos, e uma parte dos projetos de lá, são feitos por pessoas da computação’’, disse, ressaltando a importância da atuação desse profissional em áreas diferentes.
Já o professor Mazzoncici falou sobre os desafios de trabalhar na área multidisciplinar. “Um dos principais é a questão da habilitação, no que se refere à definição de áreas de conhecimento, tudo que a gente faz para pedir auxílio para as pesquisas, é necessário dizer qual é a área, e para onde o projeto será direcionado”, falou. Ele indica que é necessário existir uma flexibilização em relação aos editais que deveriam ser focados nos conhecimentos e habilidades dos indivíduos, e não apenas no nome das áreas de formação.
Segundo os palestrantes, profissionais de áreas diferentes podem e devem trabalhar juntos, desde que haja algo que os una, como por exemplo, um projeto. Marques afirma que em equipes onde cada integrante possui uma função e formação diferentes, juntos conseguem atingir melhor os resultados finais, ressaltando a importância da atuação multidisciplinar.