SPBC Alagoas debateu o racismo no Brasil

A ação foi marcada pela discussão de práticas para o enfrentamento do preconceito no país

Por João Paulo Rocha - estagiário de Relações Públicas
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Debate na SBPC Afro e indígena. Foto: Sombra Maceió
Debate na SBPC Afro e indígena. Foto: Sombra Maceió

Dentro da programação da 70ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), ocorreu a mesa Racismo no Brasil: invisibilidades e enfrentamentos a formas de dominação. Incluída nas atividades da SBPC Afro e Indígena, foi organizada pelas associações Brasileira de Psicologia Social (Abrapso), Brasileira de Psicologia Política (ABPP) e Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia (Anpepp). 

A mesa foi mediada pelo professor Marcos Ribeiro Mesquita, do curso de Psicologia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), e contou com a participação de Lia Vainer Schucman, da Universidade de São Paulo (USP), que no campo da Psicologia Social, tem sido uma das pesquisadoras que mais produz e faz intervenções no debate das relações raciais no Brasil, ajudando a construir diversas políticas públicas de inclusão.

Segundo o professor Marcos, o tema da mesa surgiu a partir da necessidade de discutir e pensar práticas de enfrentamento ao racismo na atualidade, pela relevância e reconhecimento público na história recente do país, consequente da produção de uma série de políticas de inclusão e visibilidade.  

“Apesar de tudo, a realidade de negras e negros continua marcada por vários tipos de violência e exclusão. É um tema desafiador em que somos, cada vez mais, interpeladas e interpelados a contribuir através do nosso lugar da academia, na construção de um conhecimento crítico e produzido juntamente com outros grupos e movimentos sociais”, conclui Marcos.

Outro convidado para o debate foiJeferson Santos, do Instituto do Negro de Alagoas (Ineg), que além de pesquisador da área, é um dos representantes do movimento negro alagoano com destaque na luta antirracista, reivindicando por políticas públicas de acesso e manutenção de negros no ensino superior.