Ato reafirma defesa de debate sobre questões sociais no ambiente universitário
Estudantes e professores repudiaram tentativa de intimidação em atividade sobre descriminalização do aborto
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Em auditório lotado na tarde desta quinta-feira (16), no Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes, estudantes, professores e integrantes de entidades feministas protestaram contra tentativa de intimidação ao debate sobre a descriminalização do aborto. O ato ocorreu em solidariedade a um grupo de mulheres que organizou a discussão.
Segundo relatos, durante a atividade, um grupo de cerca de 20 pessoas entrou no auditório para impedir as falas. “Eles vairam, riram, tentaram nos humilhar e constranger. No meio do tumulto formado, um estudante chegou a ser agredido fisicamente”, relatou Adricia Bonfim, estudante de História da Ufal e uma das organizadoras do debate.
Com a participação de representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE), do Sindicato dos Trabalhadores da Ufal ( Sintufal), de movimentos sociais e feministas, o ato reafirmou a defesa da liberdade de pensamento e do amplo debate de ideias no ambiente universitário. “O grupo que provocou o tumulto não veio aqui com a postura de debater, mas de impedir o debate”, ressaltou Adricia.
Também estava presente na mesa o professor de História Aruã Silva de Lima, representando a Gestão da Universidade. “Somos uma universidade socialmente referenciada, isso significa que a Gestão tem posição ao lado da democracia universitária e da liberdade de pensamento. Não podemos admitir que o debate seja cerceado dentro deste ambiente de produção do conhecimento”, enfatizou o professor.
O ato acontece justamente no ano em que se comemora o Centenário de Córdoba, movimento estudantil ocorrido na Argentina para defender a liberdade de cátedra, a autonomia universitária e inserção social da universidade. Para mais informações sobre esse movimento, acesse aqui.,