Seminário na Ufal debate homicídios na região Nordeste
Evento segue até esta sexta-feira (14), no auditório da Reitoria, durante os dois turnos
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A urgente necessidade de uma segurança pública democrática e cidadã e mudanças estruturais no atual sistema voltado a essa área foram o foco do debate de abertura do Seminário Homicídios no Nordeste: Causalidades, Políticas Públicas e Perspectivas. A palestra foi proferida pelo ouvidor de polícia do estado de São Paulo (SP), Benedito Domingos Mariano, na manhã desta quinta-feira (13), no auditório Nabuco Lopes (Reitoria),Campus A. C. Simões.
O evento transcorre até esta sexta-feira (14) e reúne pesquisadores e especialistas no debate com a finalidade de pensar em políticas públicas de segurança que possam oferecer saídas. E também, que sejam atuantes na preocupante realidade do número de violência homicida na região.
Ao falar sobre a temática Segurança Pública e Contexto Federativo no Brasil, Benedito Domingos defendeu a elaboração de um plano nacional na área que envolva diretamente as esferas federal, estadual e municipal. Ele aproveitou para destacar a importância da sociedade civil e organizada na construção de um novo modelo de polícia no Brasil para a implementação e efetivação das ações.
“Não existe segurança pública sem segurança cidadã. É necessário um plano de prevenção à violência e o enfrentamento a essa problemática exige estratégia com inteligência”, frisou.
A reitora Valéria Correia presidiu a mesa de abertura do seminário composta pelo pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Alejandro Freury; o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal), Fábio Gomes Guedes; os professores Júlio Cesar Gaudêncio e Emerson Nascimento, do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Ufal; e a representante da Universidade Tiradentes (Unit) de Maceió, Mônica Melo. O evento também tem o apoio do Laboratório de Estudos de Segurança Pública (Lesp).
Programa de Saúde Mental, lei orgânica para as polícias, e estabelecimento de piso nacional para as categorias da área, também foram necessidades apontadas pelo ouvidor Benedito Domingos como importantes para integrar o Plano Nacional. Ele reforçou, considerando o clima de escolha de um novo presidente para o Brasil, que nenhum programa de governo voltado à problemática da violência será efetivo se não tiver como foco uma segurança pública democrática e cidadã e mudanças estruturais.
Violência e Juventude
No período da tarde desta quinta-feira, das 13h30 às 15h30, o Seminário Homicídios do Nordeste debateu a temática Dinâmicas da violência homicida, com Stephanie Morin, do Instituto Sou da Paz; Verônica Teixeira Marques, da Unit Maceió; José Maria Nóbrega Júnior, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); e Emerson Oliveira do Nascimento, do ICS da Ufal. O professor Hugo Leonardo Rodrigues Santos mediou o debate.
Já a mesa-redonda Juventude, violência e tráfico de drogas compartilhou o conhecimento dos professores Luís Flávio Sapori, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG); Luiz Fábio Silva Paiva, da Universidade Federal do Ceará (UFC); e Karina Biondi, da Universidade Estadual de Maringá (UEM). A professora e diretora da Faculdade de Direito da Ufal, Elaine Pimentel, foi a mediadora.
Debates da sexta-feira
No segundo e último dia do seminário a programação das 10h às 12h tem como temática da mesa-redonda Polícia e Políticas de Segurança. Participam Jacqueline de Oliveira Muniz, da Universidade Federal Fluminense (UFF); Jorge Zaverucha, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); e Júlio Cezar Gaudêncio da Silva, da Ufal. O mediador será Sidcley Santos Silva, representante da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP-AL).
Das 13h30 às 15h30 está definida a mesa - redonda Capacidade Estatal e Segurança Pública com Samira Bueno, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP); Gabriela Salvarrey, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); e Lorena Madruga Monteiro, da Unit de Maceió. A mediadora será a professora Luciana Farias Santana, da Ufal.
A conferência de encerramento, a partir das 16h, tratará sobre avanços e retrocessos das políticas de segurança, com Daniel de Castro Cerqueira, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Também haverá a leitura da Carta Pública.