Famed inaugura Instituto para pesquisa da microbiota intestinal
Flora intestinal pode revelar alternativas para tratamento de doenças como câncer, diabetes, obesidade mórbida, autismo, dentre outras
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Primeiro da região Nordeste a pesquisar a flora intestinal, o Instituto de Habilidades Multidisciplinar em Microbiota Intestinal (InHaMMI) será inaugurado no dia 2 de dezembro, às 10h, na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (Famed/Ufal). Com enfoque multidisciplinar, o objetivo do InHaMMI é realizar pesquisas clínicas com microrganismos que vivem no intestino, no intuito de oferecer uma nova alternativa para tratamento de doenças como câncer, diabetes, obesidade mórbida, autismo, dentre outras. Pesquisas recentes indicam que a microbiota intestinal, popularmente conhecida como flora intestinal, tem papel fundamental na regulação do sistema imunológico.
De acordo com o coordenador do InHaMMi, Manoel Álvaro, que também é gerente de Atenção Médica do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (Hupaa) e professor da Ufal, o Instituto é importante, para o Nordeste e para a sociedade civil, “pelo fato de proporcionar atuação efetiva em pesquisa de ponta na área”, destaca. Com o investimento de 1,9 milhão, recurso financiado pelo Ministério da Saúde, o InHaMMi contará com equipamentos de última geração e será formado por pesquisadores de diferentes áreas (doutores, doutorandos, mestres, mestrandos, especialistas), médicos, químicos, nutricionistas e estudantes de graduação
Contexto InHaMMi
A microbiota intestinal, que é formada por fungos, bactérias, vírus, é importante para a produção de vitaminas e proteção contra agentes que podem causar doenças. O Brasil e o mundo estão desenvolvendo pesquisas com o objetivo de identificar relações entre a flora intestinal e diferentes tipos de doenças, como câncer, ansiedade, autismo. Dados recentes indicam que a redução da microbiota – o que proporciona fatores de risco para a saúde humana - pode ser provocada pelo estresse, poluição, alimentos processados e baixo índice de aleitamento materno.