Reitora se reúne com marisqueiras da Lagoa Mundaú
Elas solicitaram apoio institucional da Ufal em demandas de melhorias para a categoria
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A reitora Valéria Correia recebeu, nesta segunda-feira (16), um grupo de marisqueiras da região lagunar do bairro Vergel do Lago, localizado em Maceió. Na ocasião, elas relataram as dificuldades pelas quais vêm passando por causa da queda nas vendas do sururu e solicitaram o apoio institucional da Ufal em demandas de melhorias para a categoria. Embora não existam notificações sobre a presença de óleo na Lagoa Mundaú, a preocupação com a contaminação das águas atingiu a confiança dos consumidores do molusco.
“A maior parte da nossa produção era vendida para [o estado da] Bahia, mas, depois dessa história do óleo, a venda caiu muito”, relatou Vanessa da Silva, que preside a Cooperativa de Marisqueiras Mulheres Guerreiras (Coopmaris). “Foi um efeito econômico gravíssimo para as comunidades pesqueiras. As pessoas estão passando fome”, disse Ana Lúcia Menezes, educadora do Centro de Educação Ambiental São Bartolomeu (Ceasb).
Também participaram da reunião a professora da Faculdade de Nutrição (Fanut), Cristina Normande, que desenvolve um projeto de extensão na região; a docente da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Feac), Ana Milani; os professores Emerson Soares (Centro de Ciências Agrárias – Ceca) e Leonardo Viana, dois dos pesquisadores da Ufal que compõem a força-tarefa de monitoramento do óleo na costa nordestina; além do procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Alagoas, Rafael Gazzaneo.
Durante a reunião, Cristina Normande destacou a campanha solidária promovida pela Ufal, que busca arrecadar alimentos não perecíveis para as marisqueiras. Os pontos de coleta na Ufal são a Fanut, Sala 107, Laboratório de Microbiologia dos Alimentos, e a Assessoria de Comunicação, Sala 217, prédio da Reitoria. “O MPT acompanha o trabalho das marisqueiras, temos conseguido alguns avanços e que os estudos da Ufal nos auxiliem a obter mais conquistas”, ressaltou Gazzaneo.
“São várias as demandas que precisam de encaminhamento, mas há a questão da emergência alimentar, como fazer para que as marisqueiras tenham acesso à indenização”, disse a reitora da Ufal. Um dos encaminhamentos da reunião foi a elaboração de um relato de caso sobre a situação das marisqueiras, feito pelos pesquisadores da força-tarefa, junto com o MPT, para ser entregue ao Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA) da crise do óleo.