Ufal e Sociedade entrevista a professora Regla Toujaguez Massahud

A engenheira geóloga fala sobre a situação dos bairros de Maceió que sofrem afundamento por conta da mineração de sal-gema

Por Lenilda Luna - jornalista
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Regla Toujaguez
Regla Toujaguez

A professora Regla Toujaguez La Rosa Massahud, engenheira geóloga, já foi do corpo docente do Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio ambiente (Igdema), mas atualmente é coordenadora do curso de graduação em Engenharia de Agrimensura, no Campus Centro de Ciências Agrárias (Ceca), em Rio Largo. Com mestrado em Geociências e doutorado em Ciências do Solo, a pesquisadora tem dado, desde 2012, uma grande contribuição no tripé: ensino, pesquisa e extensão da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Regla coordena um projeto de Extensão intitulado Geodiversidade e Biodiversidade: valores e conexões, que contribui na formação dos docentes de Geografia das escolas públicas. “Estou desenvolvendo o projeto com o objetivo de divulgar o que é geodiversidade, que são o solo, os processos geológicos, o relevo, as montanhas. Ou seja, é sobre essa geodiversidade que a biodiversidade se desenvolve. Nossa formação geológica também precisa ser cuidada, porque faz parte do nosso patrimônio natural”, explica a pesquisadora.

Por conta das suas pesquisas em Geologia, Regla Toujaguez foi convidada a contribuir no Grupo de Trabalho que acompanha a situação dos bairros Pinheiro, Bebedouro, Mutange e Bom Parto, que estão sendo afetados pelas consequências da atividade de extração da sal-gema do subsolo nessa região da cidade, iniciada no final da década de 1970 pela empresa Salgema, atualmente Braskem. “O Serviço Geológico Brasileiro veio a Maceió com a missão de identificar a causa dos quebramentos que surgiram nas casas. Foram utilizados vários métodos de pesquisa que comprovam a associação da extração de sal da Braskem na movimentação da falha geológica pré-existente”, declarou Regla.

Acompanhe a entrevista completa no podcast.

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Ufal e Sociedade