Ditadura nunca mais: reitora publica nota em alusão ao Golpe de 64
Em nota, Valéria Correia relembra o significado histórico do golpe, que completa hoje 55 anos
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Hoje é dia de lembrar o significado histórico do Golpe de 1964 e da implantação do Regime Militar no Brasil para impedir as reformas de base anunciadas por João Goulart e as lutas sociais que eclodiam no país contra as desigualdades.
Hoje é dia de lembrar que o regime militar “adotou políticas de violações sistemáticas aos direitos humanos e cometeu crimes internacionais [...]”, como afirma o Ministério Público Federal em nota emitida pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão de 26/03/19, que considerou festejar esta data como crime de responsabilidade, incompatível com o Estado Democrático de Direito.
Para qualquer tentativa de ressignificação deste fato histórico como forma de manipulação da realidade, hoje é dia da lembrar que neste período, entre tantos, foram presos, torturados ou assassinados estudantes universitários que participavam ativamente do movimento estudantil em Alagoas: Dênis Agra, Breno Agra, Denisson Menezes, Fernando Costa, Jeferson Costa, Flávio Lima, Norton Sarmento e Gastone Lúcia Beltrão.
Lembrar o que foi constatado pela Comissão Estadual da Memória e Verdade Jayme Miranda que os alagoanos Odijas Carvalho de Souza, José Dalmo Guimarães Lins, José Gomes Teixeira, Gastone Lúcia Beltrão, Manoel Lisboa de Moura e Manoel Fiel Filho foram assassinados por integrantes do regime militar. O relatório também apontou que Jayme Amorim de Miranda, Túlio Roberto Cardoso e Luiz Almeida Araújo seguem desaparecidos até hoje, sem a localização dos respectivos corpos.
Por tudo isto é preciso reafirmar: Ditadura Nunca Mais! Censura Nunca Mais! Tortura Nunca Mais! Violação aos Direitos Humanos Nunca Mais!
Valéria Correia
Reitora da Ufal