Especial Dia das Mães: conheça a Rede Mãos Dadas
Voluntários se revezam nos cuidados dos filhos de mães universitárias da Ufal
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Que a chegada de um filho é um momento muito especial para as mulheres que sonharam em vivê-lo, muita gente sabe. Mas é também um momento de grandes transformações na vida da nova mamãe. Conciliar as demandas de um novo ser com a vida que se tinha anteriormente não costuma ser tarefa fácil, sobretudo quando não se tem com quem contar.
Uma boa rede de apoio se torna, então, fundamental na vida dessa mãe, ajudando na superação dos desafios e a compreender a sua nova condição, sem se esquecer, que a vida continua em vários outros campos.
Foi pensando nesse apoio que um grupo de alunos do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) criou o projeto de extensão Rede Mãos Dadas de Apoio às Mães Universitárias (Remad). O objetivo do grupo é ser um apoio para as mães que têm seus filhos durante o curso de graduação e que, muitas vezes, desistem das aulas por não terem como harmonizar os estudos e as demandas da criança.
Esta é uma iniciativa do Centro Acadêmico de Enfermagem e que conta atualmente com 46 estudantes voluntários de vários outros cursos que se revezam para acompanhar as oito crianças assistidas. No período em que as mães estiverem em aula, os filhos brincam, se alimentam, dormem e interagem com outras crianças.
Atualmente o grupo desenvolve atividades no prédio da Esenfar, no hall do auditório. Os componentes estudam a possibilidade de ampliar os serviços após receberem uma sala onde poderão adaptar o espaço para melhor atender as crianças.
Quais crianças podem ser atendidas?
Em função da estrutura física da rede, que ainda não está totalmente adequada às necessidades das crianças, o grupo criou alguns critérios para aceitar novos atendimentos. Podem se inscrever filhos de alunas dos cursos de saúde, com aulas no prédio da Escola de Enfermagem e Farmácia (Esenfar), no Campus A.C. Simões, em Maceió. Além disso, é necessário que a criança seja maior de um ano.
Para a orientadora do projeto, a professora Anne Laura, é importante que a mãe esteja próximo do local onde o filho está para poder acompanhar o atendimento e ser acionada em caso de necessidade. “Como a rede é uma extensão que apoia a mãe universitária, ela precisa participar do processo”, esclarece.
Anna ressalta, ainda, que o projeto não tem como objetivo ser uma espécie de creche ou sistema integral, que assume todas as demandas do bebê, como por exemplo, banho e administração de medicamentos.
Como se voluntariar?
A Rede funciona por meio de trabalho voluntário. Todos os seus componentes são estudantes da Ufal que têm habilidades com crianças e destinaram parte de seu tempo para o projeto.
Os interessados em fazer parte da equipe devem acompanhar os editais de seleção divulgados na página do projeto no Instagram @projmaosdadas. A seleção é aberta a estudantes da Ufal, homens e mulheres, de quaisquer curso e período. Os candidatos são submetidos a duas etapas, sendo a primeira delas o preenchimento de formulário online e, a segunda, presencial, onde serão avaliadas as habilidades com as crianças.
De acordo com a professora responsável pelo projeto, o fato de o grupo aceitar alunos de qualquer curso garante um trabalho interdisciplinar e isso acaba sendo um benefício para as crianças. “Se vem um estudante da Pedagogia, vem um estudante de Odontologia ou vem um estudante da área social isso mescla muito com o que a criança precisa ter como resultado do processo de desenvolvimento”, explica Anna.
Além do trabalho voluntário, o projeto conta ainda com doações de brinquedos, tapetes, jogos e outros itens que podem ser usados pelas crianças assistidas. Quem tiver interesse em ajudar, deve entrar em contato por meio do Instagram.