Evento aborda tolerância para entender comportamentos
Congresso de Filosofia segue até sexta-feira
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A abertura do 1º Congresso de Filosofia Antiga Medieval e Renascentista foi realizada na tarde da última terça-feira (28), no auditório da Biblioteca Central da Ufal. O evento, que é uma iniciativa dos grupos de pesquisa Vivarium e Ética, e Filosofia Política, teve como proposta promover debates e discussões a respeito da temática tolerância.
Na mesa de abertura a professora do curso de Filosofia, Tamires de Souza, proferiu a palestra intitulada As necessidades como fundamento da polis’, relatando que para Aristóteles é a partir das necessidades que a cidade vai se consolidando. Ela discorreu também sobre a importância dos conceitos de Justiça e Philia (amizade), no processo de formação da cidade.
Dando continuidade às apresentações, José Hélio, estudante do 5° período, falou sobre ‘Protágoras e o relativismo: a tolerância de todos os erros sobre a intolerância de um acerto’. Logo após, Gabrielly Lessa, também do 5° período, expôs o tema O corpo como prisão da alma no Fédon de Platão.
Os professores da Ufal Tiago Penna, Roberta Miquelanti e Flávia Benevenuto comandaram a mediação do evento. Houve também apresentações das estudantes Lídia Pereira e Jaqueline Aparecida, sobre os temas Clemência em Sêneca e Sêneca entre o vício e a virtude, possibilitando indícios à tolerância, respectivamente.
No congresso, a professora Roberta Miquelanti mediou a segunda a mesa e o professor Tiago Penna retratou a temática Polissemia do Ser e a tolerância epistêmica em Aristóteles. Já a professora Raquel Parmegiani fez uma palestra sobre A tradução como lugar da (in) tolerância cultural na Antiguidade Tardia. E o professor convidado da Universidade Federal de Minas Gerais, Helton Adverse, debruçou-se sobre Maquiavel e a Filosofia Política Clássica.
Sobre o evento
Os organizadores ressaltam que o maior objetivo do evento é compreender a antiga construção de um conceito de tolerância que ganhou solidez especialmente a partir do século 17 e se tornou um tema importante para discutir o comportamento ético-político atual. A referência usada é dos períodos da antiguidade, medieval e renascimento.
Yasmin Alcantara, estudante de Filosofia e uma das organizadoras, compartilhou a vivência no evento: “É uma experiência de extrema importância e enriquecedora. Nosso papel enquanto estudante é estar na monitoria do evento, dando um suporte para quem vai fazer a comunicação para os palestrantes”.
O Congresso ainda contou com a presença dos alunos do curso de Filosofia da Ufal, do Projeto Civitas, além de alunos oriundos diversas áreas da comunidade universitária, que deram um caráter transdisciplinar.
O evento segue até a próxima sexta-feira (31).