Projeto de extensão estimula o hábito da leitura e a responsabilidade
Colaboradores arrecadaram cerca de 270 livros para doação em escola municipal
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Ler é um ato importante, e para estimular o hábito, o projeto de extensão da Ufal Cantinho da Leitura: como espaço ético na escola, tem o objetivo de motivar estudantes a ler, de forma espontânea. Coordenado pela docente Gilcicleide Rodrigues, e ligado ao Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Igdema), a última ação do projeto foi realizada em abril, na Escola Municipal Professor Corintho da Paz, localizada no bairro Cidade Universitária. A meta inicial era arrecadar 200 livros para doar aos estudantes da escola.
Os discentes colaboradores, Delane Santos, José Paulino e Karla Patrícia, organizaram cartazes e cartas, impressos e virtuais, para sensibilizar a doação de livros, endereçados aos amigos, colegas, alunos, editoras e livrarias. A meta foi ultrapassada, e foram doados 270 obras para exposição do projeto na escola, destinados a crianças de 6 a 12 anos de idade.
Organizados em uma estante, denominada cantinho da leitura, os livros foram dispostos nas seguintes categorias: infantil, infanto-juvenil e livro para professor. Do material doado, 150 livros são voltados ao público infantil, com um alcance de 95% dos alunos. Os colaboradores relatam que as crianças ficaram interessaram pelos livros e já criaram a rotina de ler na hora do intervalo ou levar emprestado e devolver no dia seguinte.
A estante ficou exposta durante três dias na escola, sempre no horário do intervalo das aulas. O curto período foi justificado por Gilcicleide: “Foram três dias porque o projeto era novo. A gente não sabia como seria a receptividade, como iria ser o controle, ou o não-controle. A estante era pequena, então, muitos alunos queriam ter acesso”, explica.
Para Paulino, o projeto lhe proporcionou a importância de formar pessoas com hábito da leitura, e também trouxe experiência prática. ‘’Como professor em processo de graduação, o projeto proporcionou de forma antecipada, clareza da importância de formar pessoas com hábito da leitura. Consequentemente, acrescentou experiência prática, que será importantíssima em minha vida profissional, essa constatação servirá para que a construção do conhecimento geográfico dos meus alunos não fique restrita apenas em sala de aula, podendo acrescentar em seus estudos a utilização de livros paradidáticos’’, afirma.
O professor completou: ‘’Vejo como importantíssima a minha participação neste projeto, pois me retirou da área de conforto da sala de aula da Universidade e viabilizou o contato com algo que não saberíamos qual seria o resultado. E isso foi muito bom’’, ressaltou.
Durante o período da exposição dos livros as crianças eram motivadas a deixar uma mensagem, como forma de feedback, e se expressavam com desenhos ou mensagens escritas depositados na caixa de sugestão, disponível no móvel. “Na verdade o feedback foi uma surpresa. A gente não esperava que tivesse tanta participação dos alunos”, disse a coordenadora do projeto.
A docente afirma que a escola abraçou a iniciativa e os materiais permanecem lá. Após algumas alterações que julgam necessárias, os idealizadores já planejam um retorno. “A próxima ação será no final de junho, já estamos trabalhando no projeto, pois queremos atingir os dois turnos: manhã e tarde. A escola decide a data ou período de realização”, disse. Ela ainda comentou que a estante passará por adequações, os tipos de livro, e a forma de registro também.
De uma maneira geral, o grupo avalia que, na condição de primeira experiência em uma escola para um público infantil, o projeto foi satisfatório, pois através dele tiveram a oportunidade de tornar possível o acesso à leitura. Ao mesmo tempo também puderam trabalhar os valores de responsabilidade, solidariedade e honestidade ao fazer uso de forma espontânea dos livros expostos em área aberta na escola.