Abertura do 1º Fórum Popular movimenta Ufal

Evento pretende estreitar laços entre a Universidade e os movimentos populares

Por Izadora Garcia - relações públicas
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Abertura do 1º Fórum Popular foi realizada na noite desta quinta-feira (4)
Abertura do 1º Fórum Popular foi realizada na noite desta quinta-feira (4)

Aconteceu, na noite de ontem (4), a cerimônia de abertura do 1º Fórum Popular da Universidade Federal de Alagoas. Além da mesa solene, o evento realizado no auditório da Reitoria teve a encenação da peça Igreja Dialética Bretchiana – O Acordo, pelo Corpo Cênico da Ufal, e a palestra Universidade e Sociedade em Diálogo, ministrada pela professora Roberta Sperandio Traspadini da Universidade Federal da Integração Latinoamericana (Unila).

Na ocasião, estiveram presentes a reitora, Valéria Correia; a pró-reitora de Extensão, Joelma Albuquerque; o reitor da Uneal, Odilon Morais; o presidente da Fapeal, Fábio Guedes; o diretor-presidente da Fundepes, Gerson Maciel; o secretário de Cultura de Maceió, Vinicius Palmeira; a representante do Diretório Central dos Estudantes, Lysanne Ferro; e a representante do Coletivo de Mulheres Olga Benário, Amanda Balbino.

Com o tema Universidade e sociedade em diálogo: diversidade, inclusão e equidade, o Fórum pretende reforçar os vínculos entre a Ufal, a comunidade externa e os movimentos sociais, estabelecendo a troca de informações e a possibilitando que as entidades possam discutir suas problemáticas junto à Universidade.

A relevância do evento para a comunidade universitária foi refletida no discurso dos participantes. “Quando a gente fala de Ufal pintada de povo, é exatamente disto aqui que estamos falando”, afirmou Lysanne Ferro.  “Enquanto estudante, eu sonhava com essa representatividade, em ver a Universidade tomada pelo povo. É emocionante ver a transformação desse sonho em uma realidade”, completou Amanda Balbino.

Segundo Gerson Maciel, o Fórum é um grande marco na relação entre a Ufal e a comunidade. “Discutir as temáticas dos movimentos sociais dentro da Ufal é uma vitória, é a universidade cumprindo, efetivamente, o seu papel”.

Já o secretário de Cultura de Maceió falou sobre a importância da Ufal para o estado de Alagoas e sobre como a Universidade tem cumprido seu papel de atuar beneficiando toda a sociedade. “Temos tido uma aproximação grande com a Ufal porque ela representa cultura para o estado de Alagoas. A Universidade está sempre tentando extrapolar seus muros e é exatamente o que deve fazer: levar a cultura e a ciência produzida aqui para a população”, disse.

“As pessoas querem vir para a universidade pública, elas são bem acolhidas aqui em suas singularidades, em suas diversidades. A Ufal é, e deve continuar sendo, um lugar de resistência e de representatividade”, afirmou a pró-reitora de Extensão, Joelma Albuquerque.

Durante a palestra, a professora Roberta Traspadini falou sobre a negação da cultura popular dentro do universo de erudição do ensino superior. De acordo com a pesquisadora, é cultural que as manifestações populares sejam renegadas dentro do ambiente acadêmico, e espaços como o Fórum são conquistas, visto a necessidade de que as universidades, em especial as públicas e gratuitas, dialoguem com o povo.

A reitora avaliou a recepção do evento como positiva e ressaltou a importância de trazer a comunidade externa e os movimentos sociais para debater e defender as universidades públicas. “Esse é um momento histórico, em que precisamos dizer de que lado a Universidade está: e é ao lado do povo, fortalecendo nosso ensino, pesquisa e extensão com o intuito de dar o retorno social a tudo que é produzido aqui dentro”, finalizou Valéria.

Confira a programação completa e o mapa do evento nos anexos.