Fórum Popular destaca debates em mídias e comunicação

Evento reuniu comunidade acadêmica e movimentos populares na Ufal

Por Carlos Rodrigues - estudante de Jornalismo
- Atualizado em
Professora Mércia Pimentel em oficina de texto para mídias sociais
Professora Mércia Pimentel em oficina de texto para mídias sociais

Na tarde da quinta-feira (4), aconteceu no Auditório do Núcleo de Pesquisa Multidisciplinar da Ufal, a primeira oficina do eixo de Comunicação do Fórum Popular, com o tema: Oficina de texto para mídias sociais, realizada pela professora Mercia Pimentel. Em destaque da atividade, a importância de ter um pouco de cuidado ao interagir nas redes sociais, e que hoje já existe a Lei da Informação. No decorrer da oficina, houve a interação dos participantes, e a professora solicitou que todos fizessem uma atividade prática, que foi o gerenciamento das redes sociais em tempo de crise.

Para o participante Manoell de Oliveira, sobre sua participação, destacou: “Imagino que a oficina seja de grande importância para a formação continuada dos estudantes e demais interessados, principalmente através das atividades práticas. Já estagio com mídia social e aprendi bastante com a oficina, tanto na descoberta de novos conhecimentos, quanto no aprimoramento do que já sabia. A professora fez uma excelente abordagem teórica acerca do tema e finalizou com uma excelente atividade prática, na qual todos participaram e se saíram muito bem. Com certeza aplicarei os aprendizados da oficina em minha vida profissional e acadêmica. Parabéns à organização do evento!”.

Já na manhã da sexta-feira (5), as atividades trabalharam o tema: Mobilização social e Comunicação na contemporaneidade. A professora de Jornalismo, Priscila Muniz, destacou os potenciais, limites e desafios no uso do ciberespaço para fins de mobilização social, abordando que foram formando movimentos de cidadania no ciberespaço. O estudante de História e integrante do movimento Afronte – Maceió, Gabriel Santos, falou sobre “Comunicação sindical e popular no século XXI: Afronte e esquerda online”, afirmando a importância da comunicação popular na esfera pública. Comunicação: desafios da esquerda brasileira no século XX foi o assunto tratado pelo professor de filosofia política, Magno Francisco, que destacou os meios alternativos, como o jornal A Verdade, como uma das potencialidades para dar voz às comunidades que não tem visibilidade na mídia tradicional.

Levante Popular da Juventude: a comunicação popular como ferramenta de luta foi tema abordado pelo estudante de jornalismo, Vinícius Braga, que trouxe exemplos práticos do movimento com as comunidades de Maceió, consolidando a importância da academia e dos alunos nessa construção da cidadania ativa. Seguindo as discussões, a professora de jornalismo, Raquel do Monte, falou sobre O cineclube papa-sururu/ vídeo e emancipação social destacando que “o cineclube é um espaço de formação e que esse desejo por diálogo é o que prescinde de uma construção coletiva”, disse.

Para encerrar as atividades da manhã, o Coletivo Plural: ações de mobilização social foi tema abordado por Adésio Júnior e Guilherme Rocha, estudantes de Relações Públicas da Ufal. Destacaram que o coletivo plural articula projetos voltados à comunicação e cidadania, e que a empresa Júnior tem o objetivo de fomentar a inserção dos estudantes no mercado de trabalho. Para a participante Alessandra Lima, “é importante a inserção do estudante no mercado de trabalho, ainda na academia, pois garante a prática e conhecimento bem explorado”.

No período da tarde, aconteceram as oficinas: às 14h, a oficina de Fotografia que teve como facilitadores Gregory Aguiar e Everaldo Dantas. “A fotografia serve como um conselho pra explicar o conceito humano. O jornalismo trabalha esse recurso midiático. Fotografia usa seu sentido visual, mas utiliza também os sub-sentidos. Relações Públicas utilizam mais imagens, já Jornalismo mais fotografia”, destacaram. Após os conceitos abordados, houve uma atividade prática de fotografia no qual os participantes tiraram uma foto de uma roupa colorida, para identificar se as cores se perderiam na imagem capturada.

A segunda oficina foi ministrada pela professora Danúbia Barbosa, que falou sobre o tema Moda e comunicação. “Moda é caráter transitório de tudo, é cíclico. Já o estilo, é diferente”, afirmou. Encerrando as atividades, Gustavo Amorim, técnico e professor de telejornalismo da Ufal, apresentou a oficina de Vídeo. Explicou que, primeiramente, é necessário saber o que pretendemos fazer com o vídeo, ou seja, qual é a intenção que o vídeo quer causar, seguindo as demais fases: pesquisa e produção, roteiro, enquadramento, caindo em campo, edição e pós-produção.

Para o participante das oficinas, Luís Henrique de Souza Feitoza, conhecido como Rapuã, da comunidade Koiupanká, da cidade de Inhapi, perto de Delmiro Gouveia, o eixo de comunicação destacou temas da atualidade para reflexão e para a prática: “Achei muito interessante, acredito que vai ser de grande proveito. Nós temos várias atividades que fazemos, por exemplo, jogos indígenas, e não temos como divulgar porque não temos habilidades com a fotografia, filmagem. A partir dos conhecimentos de hoje, a gente pode se aprofundar, e quem sabe até nós mesmos produzirmos o nosso material pra divulgar, inclusive em redes sociais”, disse. Para a coordenadora do eixo de Comunicação, professora Manuela Callou, foram enumeradas demandas que serão discutidas com a gestão da Ufal para criação de parcerias e cursos destinados às comunidades participantes.

O Fórum

Entre os dias 4 e 6 de julho a Universidade Federal de Alagoas recebeu em seu Campus A. C. Simões, o 1º Fórum Popular. Realizado pela Pró-Reitoria de Extensão (Proex), a proposta do evento foi debater entre a comunidade acadêmica e os movimentos populares e sociais do campo e da cidade sobre diversidade, inclusão e equidade.

Os debates foram divididos pelos seguintes eixos: Educação, Saúde, Cultura, Comunicação, Meio Ambiente e Trabalho, Tecnologia e Produção, além de Direitos Humanos e Justiça. Através desse evento, a Ufal buscou institucionalizar, com recursos próprios, o atendimento de demandas que foram apresentadas por meio do diálogo científico diante da atual realidade social em que se encontra Alagoas e o país.