Alunos doam bateria para o Núcleo de Percussão
Com novo instrumento, Escola Técnica de Artes pode oferecer cursos regulares
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O último concerto do Percufal, dentro do projeto Sesc Partituras, rendeu ao Núcleo de Percussão da Universidade Federal de Alagoas e à Escola Técnica de Artes (ETA) uma bateria, doada pelos alunos que integram o grupo. O cachê foi negociado pelos próprios estudantes e a ideia de comprar o instrumento foi proposta por eles mesmos. “Nossos alunos decidiram tudo. Se apresentaram como profissionais que são e negociaram tudo”, afirmou Augusto Moralez, coordenador do NUP.
De acordo com ele, o novo instrumento vai auxiliar no tripé de ações da Universidade. “No ensino, vamos oferecer a disciplina bateria no curso regular de percussão da ETA; também vamos poder fazer pesquisas sobre timbres, repertórios e essas pesquisas vão poder virar trabalhos de conclusão de licenciatura, de iniciação científica e, no futuro, pós-graduação, projeto que temos na Escola Técnica de Artes. Sem esquecer da extensão, porque essa bateria vai nutrir os projetos do curso de bateria e do encontro com os mestres alagoanos da percussão. Foram oito master class com esses mestres este ano e, em todas, os convidados levavam suas baterias. Agora temos a nossa”, reforçou.
Ações do NUP
Nos seis primeiros meses deste ano, foram várias as ações do NUP. “No Sigaa [Sistema Acadêmico da Ufal] estão registrados 51 projetos. Isso é muito importante para o Núcleo e para nossa Escola Técnica de Artes. O Percufal fez cinco concertos no primeiro semestre deste ano, nas comemorações dos cinco anos do grupo e o último resultou na bateria. Os meninos doaram cem por cento do cachê e compraram o instrumento”, reafirmou Moralez.
Entre os projetos ligados ao NUP está o Percufal, criado em 2014, também vinculado ao curso de Percussão da ETA. O Núcleo é um equipamento cultural da Ufal, coordenado por Moralez e ligado à Coordenação de Assuntos Culturais da Pró-reitoria de Extensão. O grupo já se apresentou em diversos eventos internacionais no Nordeste brasileiro e sua atuação é voltada à criação e à promoção de repertório inédito para percussão.
“Os alunos precisam ter esse contato, essa vivência, de aprender a fazer música com tambores, com as famílias da percussão; não apenas usar esses instrumentos como acompanhamento, como normalmente a gente vê, mas sim que esses instrumentos sejam solistas, protagonistas”, acrescentou o coordenador.