Proest realiza visitas técnicas aos produtores da agricultura familiar

Novo edital para seleção de cooperados será lançado na próxima semana

Por Izadora Garcia - relações públicas
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Garantir alimentação saudável para a comunidade universitária, gerar renda para produtores locais e economizar na compra de insumos: a aquisição de produtos da agricultura familiar para abastecer os Restaurantes Universitários (RU) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) tem representado inúmeros benefícios. No último mês, a Pró-reitoria Estudantil (Proest) realizou visitas técnicas aos fornecedores para verificar as condições de produção e mensurar os impactos positivos da modalidade, em vigor desde novembro do ano passado.

Agora, a Universidade está se preparando para a elaboração de uma nova chamada pública com a mesma finalidade. A aquisição de alimentos nesses moldes é uma importante intervenção social, uma vez que fortalece a ligação entre a universidade e a sociedade alagoana, fomentando a economia do estado. Além disso, é uma maneira de garantir que os estudantes, técnicos e docentes que se alimentam nos RUs tenham a possibilidade de conhecer a origem de seus alimentos.

As visitas técnicas foram realizadas pela coordenadora de ações acadêmicas da Proest, Edna Bezerra, pela coordenadora do projeto Segurança Alimentar e Nutricional no Espaço Universitário Wanda Griep Hirai, e por estudantes bolsistas. Durante o período, a equipe viajou pelo interior do estado de Alagoas para ver a produção in loco, averiguar as condições e conversar com agricultores sobre a capacidade produtiva.

Durante o período, foi possível perceber que existe uma capacidade maior do que a que está sendo aproveitada pela Universidade. Com isso, surgiu a possibilidade de lançar um novo edital, mais abrangente.

Essa última chamada orçou 1 milhão. Teremos, na próxima chamada, a capacidade de ampliar para 2 milhões, por exemplo. Porque eles têm essa capacidade produtiva. Em Maragogi, por exemplo, eles produzem uma série de polpas e hoje o RU usa apenas 20% da polpa da cooperativa e 80% é convencional. Poderíamos estar comprando 100% da polpa da cooperativa”, explicou Wanda.

De acordo com ela, ainda não há um levantamento preciso do impacto dessa aquisição para os produtores, mas, durante as visitas, foi possível registrar falas que sinalizam a chamada pública como bastante positiva, uma vez que os agricultores são capazes de escoar a produção, garantir uma renda segura e, com isso, melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.

Edna Bezerra, avalia a chamada pública como extremamente positiva, tanto para a universidade quando para a produção local de alimentos. “Abraçamos a chamada como uma das prioridades da Gestão, entendendo que ela é capaz de, ao mesmo tempo, fomentar a economia local, garantir alimentos seguros e diminuir custos para o RU, uma vez que os preços praticados não são abusivos”, explicou.

A iniciativa é um esforço coletivo empreendido pelas Pró-reitorias Estudantil e de Gestão Institucional (Proginst), da Coordenadoria de Planejamento e Avaliação do Campus Arapiraca (Coplan), assessoradas pelo projeto extensionista Segurança Alimentar e Nutricional no Espaço Universitário, vinculado ao curso de Serviço Social e coordenado pelo Grupo de Extensão e Pesquisa Serviço Social e Segurança Alimentar e Nutricional (Gepssan).