Encontro Nacional de História da Ufal debate histórias e memórias do Brasil republicano
Encontro encerra nesta quinta-feira (5), com continuação dos Minicursos e Oficinas
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Foi realizado na tarde desta quarta-feira (4) no Instituto de Ciências Humanas Comunicação e Artes (ICHCA), o segundo dia do 11° Encontro Nacional de História da Ufal.
O Encontro iniciou às 13h com Minicursos e Oficinas sobre Gêneros, raça e classe; História e questão nacional; Interseccionalidade: caminhos para uma ciência histórica mais humana e Pesquisa científica nas ciências humanas. Às 15h teve início os Simpósios Temáticos. Nos simpósios foram debatidos temas sobre docência em história, gênero, marxismo, narrativas dissidentes, movimentos sociais, religião, imagem, cultura e sociedade.
Um destes simpósios ocorreu na sala 4 do Ichca, o simpósio debatia História, memória e historiografia do Brasil republicano. No início ocorreram as apresentações dos trabalhos e logo em seguida houve o debate com os ouvintes sobre o que foi apresentado. Marília Teles Cavalcante, mestre em História pela Universidade de Sergipe (UFS) deu início ao simpósio falando sobre o mito de Calabar, o homem como representação simbólica e seu resgate e preservação no município de Porto Calvo.
Em seguida, Aline de Freitas, estudante da graduação, apresentou seu artigo sobre a Presença negra e indígena no museu Xucurus em Palmeira dos Índios. O objetivo da pesquisa é refletir sobre como o museu é representado no município. No debate, Aline contou como era dissonante a representação do museu com os populares e acrescenta que "há críticas dos indígenas da cidade que expõe como algumas peças são expostas. Inclusive, alguns quilombolas tinham medo de entrar no museu na infância pela disposição propositalmente assustadora dos artigos. O que acabava fortalecendo um preconceito que não deveria existir naquele local".
Luan Moraes do Santos, mestre em História Social pela Ufal apresentou o seu trabalho intitulado Discurso em Disputa: a identidade do conflito territorial em Palmeira dos Índios. Luan falou sobre os discursos opostos existentes no município e a negação da existência dos indígenas, além da problemática da definição do eu pelo outro nos discursos de parcela da população. Cássio Júnior fechou as apresentações falando sobre representatividade dos indígenas na política.
A partir das 18 horas o evento abre a noite com intervenção cultural com a Batucada Feminista e às 19h dará início às mesa-redondas sobre Gênero, Feminismo e Ditadura, com Ana Maria Veiga, Ana Rita Fonteles e Elias Ferreira Veras. O Encontro encerra amanhã, quinta-feira (5), com continuação dos Minicursos e Oficinas às 13h e apresentações dos Simpósios Temáticos às 15h. Pela noite, Ísis Florescer faz apresentação artística, em seguida, começará à conferência de encerramento com Juliana Barreto debatendo sobre Gênero, classe e maternidade na África.