Evento de Zoologia traz trabalhos de todo o Nordeste para o MHN
A 20ª edição do EZN contou com a presença de estudantes e profissionais da região com estudos na área da biologia
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O Museu de História Natural (MHN) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) recebeu atividades do 20º Encontro de Zoologia do Nordeste (EZN), que encheu os corredores de conhecimento com a apresentação de trabalhos científicos dos participantes da região. O evento aconteceu de 1º a 4 de setembro, e também ocupou espaços no Instituto Federal de Alagoas (Ifal).
Durante os quatro dias de evento, integraram a programação palestras, oficinas, minicursos e apresentação de trabalhos, grande parte destes voltados para impactos ambientais. O encontro pôde ser visto como uma oportunidade única de levar e receber conhecimento, tanto para a comunidade científica quanto para a comunidade de modo geral.
A professora Tereza Calado, responsável pela organização desta edição do evento, fala da importância de apresentar o tema ao público em espaços que buscam o conhecimento. “Trazendo trabalhos científicos para o Museu, podemos mostrar à comunidade tanto científica quanto em geral o que está sendo desenvolvido nos diversos estados nas áreas da zoologia”.
A participação do Museu no desenvolvimento do encontro aconteceu por meio da parceria com a sociedade nordestina de Zoologia. Para o professor Jorge Luiz Lopes, diretor do MHN, menciona como é gratificante poder receber parte de um evento como. “Mesmo que ele tenha ficado uma parte aqui e outra no Instituto Federal de Alagoas, valorizou muito o espaço, pois as pessoas que vieram de fora conheceram o Museu de História Natural. Então, parte da realização do EZN aqui foi muito importante para divulgar o trabalho do museu e dos pesquisadores que aqui estão”, relata.
O EZN trouxe ainda oportunidade para diversos estudantes, que puderam expor seus trabalhos além do ambiente que se encontravam. A estudante de Biologia Mariana Amorim, da Universidade de Pernambuco (UPE), soube do evento através do seu orientador, que sugeriu a participação dela para levar seu conhecimento para além do laboratório.
“Quando estamos só na Universidade, a gente fica muito longe de pessoas que fazem coisas diferentes ou pessoas que atribuem mais esse trabalho junto com a sociedade. Então a gente sair da nossa bolha e conhecer coisas, além do que tá no nosso dia a dia, é realmente enriquecedor para a nossa profissão”, menciona a estudante.
Museu como guardião da biodiversidade
O diretor do MHN frisou ainda como trazer cientistas formados e graduandos pode incentivar as pessoas a conhecerem as coleções do Museu, o potencial e estabelecer futuras parcerias. “Esse público é muito especializado. Por isso, eles precisam conhecer espaços que são destinados para a pesquisa científica, da mesma forma que fazem nas instituições das quais eles vieram esses dias para cá”, diz.
O diretor do MHN palestrou também sobre como a instituição pode ser utilizada como meio de preservar a história da biodiversidade de um local. “Os museus de história natural são guardiões de uma memória, precisando ser respeitados, reconhecidos, amados, divulgados e incentivados. Então a proposta foi mostrar a importância de um grande guardião que são os museus e especificamente o Museu de História Natural que fazemos parte”, destacou o professor Jorge Lopes em sua palestra.