Ufal participa de Simpósio da Bacia Hidrográfica do São Francisco
Evento reúne 13 universidades que integram o Fórum das Instituições de Ensino e Pesquisa da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (Fienpe)
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A importância da ciência para o futuro do Rio São Francisco é o foco de debate que contará com a participação da Universidade Federal de Alagoas, durante a realização do 3º Simpósio da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, que teve abertura na manhã desta segunda-feira (7) e prossegue com debates durante os dois horários. A partir das 19h será lançado o livro Guerreiro do Velho Chico: A História do Rio São Francisco, de autoria do penedense Eugênio Bulhões, mestrando em Agronomia pela Ufal. O simpósio tem continuidade nos dias 9, 11, 14, 16 e 18 deste mês.
O Simpósio, transmitido virtualmente pelo canal do Youtube do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), é uma realização do Comitê do São Francisco e do Fórum das Instituições de Ensino e Pesquisa da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (FIENPE). Este ano conta com a submissão de 188 trabalhos científicos que serão publicados nos anais do evento. Governança e mobilização social; Qualidade de água e saneamento; Quantidade de água e usos múltiplos; Sustentabilidade hídrica no semiárido; Biodiversidade e requalificação ambiental; e Uso da terra e segurança de barragens, são os temas a serem debatidos no transcorrer do evento.
O Fórum além de ter um representante da diretoria executiva do Comitê do São Francisco, é composto por 13 universidades: Ufal, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), coordenadora este ano do simpósio, Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Pública da Bahia (UFOB), Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFRB), Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), Universidade Federal de Sergipe (UFS) e Universidade de Brasília (UNB).
Coordenado pelo professor Renato Garcia, da Univasf, o Fórum tem como representantes da Ufal os professores Kleython Monteiro e Silvana Quintella, do Instituto de Geografia e Meio Ambiente (Igdema). A instituição alagoana sobressai-se como protagonista na criação do Fórum, discutida em 2015 durante a realização do conhecido Caiite (Congresso Acadêmico/Ufal), tendo como principal articuladora a então vice-reitora da Ufal Rachel Rocha, coordenadora do evento.
O professor Melchior Nascimento, secretário executivo do Fórum e membro do Comitê do São Francisco, destaca que a Ufal é uma das instituições fundadoras do FIENPE e tem sido uma das articuladoras do simpósio. Além disso, a instituição alagoana constitui-se como uma das principais parceiras do Comitê do São Francisco, em várias ações científicas. E diz: “A importância do Fórum, enquanto representação colegiada, tem sido, sempre que possível, o de auxiliar as instâncias do Comitê sobre questões de natureza técnica, assim como, promover, por meio do simpósio, os eixos de atuação definidos do Plano de Recursos da Bacia Hidrográfica dos São Francisco”, destaca.
Para acompanhar:: https://www.youtube.com/user/cbhsaofrancisco
Lançamento virtual
Um bate-papo virtual entre o autor Eugênio Bulhões e a jornalista Deisy Nascimento marcará o lançamento do livro Guerreiro do Velho Chico: A história do Rio São Francisco, a partir das 19h desta segunda-feira 7 de dezembro. O autor conta a história do Velho Chico desde o seu descobrimento pelos viajantes europeus até os dias atuais. Permeado pelas lendas e casos, a obra aborda as questões ambientais, mostrando os impactos causados pela transposição e pelas construções das hidrelétricas.
Com prefácio do jornalista e ambientalista Anivaldo Miranda, que preside atualmente o Comitê do São Francisco, o livro destaca-se pela positividade, por meio da literatura, à luta que se segue em prol do Velho Chico. Anivaldo diz que o autor é um jovem que durante o curso de graduação na Ufal se envolveu com questões de recursos hídricos, da água, e principalmente prestou atenção na temática do Rio São Francisco. Ao falar sobre a importância da obra diz:
“Eugênio usou sua criatividade e escreveu um pequeno romance, bastante pedagógico, onde ele resgata, em poucas páginas, toda a história da ocupação do território do São Francisco depois da chegada dos colonialistas portugueses. Faz isso, entremeando as várias épocas, os ciclos econômicos, o extermínio dos povos indígenas, passa pela história da escravidão. Coloca também, foco no Baixo São Francisco, principalmente na cidade de Penedo e produziu um material bastante acessível para quem quer conhecer a história de maneira fácil e criativa”.