Ascom intensifica canais de comunicação durante o distanciamento social

Além das publicações nos sites e podcasts, duas lives semanais mantêm os pesquisadores em contato com o público

Por Lenilda Luna - jornalista
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Todos os profissionais tiveram que se adaptar ao novo contexto do distanciamento social para o enfrentamento à covid 19. Com a equipe da Assessoria de Comunicação (Ascom) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) não poderia ser diferente. O desafio é manter a divulgação da produção científica e acadêmica da comunidade universitária mesmo nesse período em que muitos estão no sistema de trabalho em casa (home office).

Além da equipe se desdobrar para manter a produção de matérias para o site da Ufal e para abastecer a imprensa local das informações solicitadas, os programas da Rádio Ufal tiveram que passar a ser feito por celular, com o apoio na edição de áudio dos técnicos Thiago Prado e Edilberto Sandes (servidor da Escola Técnica de Artes e parceiro da Ascom). Assim a produção semanal do programa Ufal e Sociedade, veiculado todas as segundas às 11 h, não parou, mesmo com o estúdio interditado.

Mas a inovação desse período foi acompanhar a tendência de lives que se tornaram a mania dessa quarentena. Duas vezes por semana, às quartas e sextas, às 11 h, um tema é abordado, entrevistado um pesquisador da Ufal. As transmissões iniciaram no instagram, mas logo depois o canal no Youtube começou a ser utilizado simultaneamente. A proposta é aliar a adesão imediata da rede social com a maior possibilidade de compartilhamento do canal de vídeo.

A primeira transmissão ao vivo, da série de lives da Ufal, aconteceu no dia 1º de abril, entrevistando o professor Roberto Resende Simiqueli, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Feac), sobre os impactos da covid-19 na economia. Participar do ciclo de lives sobre o Covid e seus impactos foi uma bem vinda oportunidade de direcionar nossos esforços e saberes para o enfrentamento dos dilemas reais, da contemporaneidade”, declarou o professor.

Pesquisador de História do Pensamento Econômico, o professor Simiqueli destacou durante a entrevista a importância de seguir as orientações da Organização Mundial de Saúde, mantendo o isolamento social. “Mais do que nunca, é preciso que a academia se posicione frente às grandes questões e torne pública a reflexão construída nas Universidades. Só assim conseguiremos fazer frente à onda de obscurantismo que assola o Brasil”, destacou o professor.

Em seguida, foram entrevistados: Michael Machado, médico sanitarista; Elizabeth Moura, sobre cuidados com Idosos; Leonardo Leal, sobre Administração Pública; Sérgio Onofre, sobre ações culturais online; André Miranda, sobre Equilíbrio Emocional dos servidores; Fábio Guedes, sobre a Marcha Virtual pela Ciência; Elder Maia sobre o perfil sócio-econômico dos estudantes da Ufal, entre várias outras entrevistas ao vivo.

Manoel Junior, estagiário da Ascom que tem contribuído no suporte das lives destaca que o feedback tem sido bastante positivo."Estamos sempre trazendo temas relevantes à comunidade acadêmica e à sociedade em geral. Inicialmente, foi um desafio, pela pouca habilidade com lives de Instagram. Mas com a prática, veio a habilidade, e agora fazemos transmissão ao vivo simultaneamente em duas plataformas, Instagram e YouTube”, ressaltou o estudante.

Durante as transmissões, o estudante fica a postos para ajudar na comunicação com os espectadores. “Minha atuação durante as lives tem sido nos bastidores, dando todo o suporte quanto à estabilidade da conexão, e a qualidade dos áudios e vídeos, além de selecionar as inúmeras perguntas e comentários dos seguidores durante as transmissões, para que sejam respondidas ao vivo," relatou Manoel Jr.

As entrevistas ao vivo também contribuíram para divulgar mais o canal da Ufal no Youtube. “As lives são bem oportunas. A Ascom tinha que entrar nesse formato, porque estamos em teletrabalho. Nossas ações de comunicação são sempre articuladas entre portal, redes sociais, comunicação com a imprensa e rádio web. As lives são um complemento”, destacou Simoneide Araújo, coordenadora da Ascom Ufal.