Engenharia de Agrimensura realiza projeto de mapas interativos contra a covid-19

Painel online monitora o avanço do Coronavírus na cidade de Maceió em tempo real

Por Ascom Ufal
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Desde que o mundo se deparou com a pandemia de covid-19, uma doença até então desconhecida, inúmeras pesquisas tiveram início, com o intuito de conhecer melhor o agente causador, discutir melhores formas de prevenção e combate, bem como lidar com a nova realidade social no planeta.

As diversas áreas do conhecimento se uniram em torno dos objetivos comuns, cada um com sua parcela de contribuição. As universidades e institutos de pesquisa se mobilizaram. Foi o que aconteceu com um grupo de estudos do curso de Engenharia de Agrimensura da Ufal, ao criar o projeto Mapas que salvam vidas: um Dashboard da COVID-19 para Maceió.

A iniciativa tem por objetivo criar um painel online com mapas interativos e dados estatísticos que monitoram em tempo real, conforme atualização dos dados do Ministério saúde e Secretaria Estadual de Saúde, o avanço da covid-19 em Maceió.

De acordo com a coordenadora do grupo de estudos, Wedja Oliveira, a capital alagoana já possui alguns sites informativos sobre o avanço da doença, no entanto, “a intenção do painel Dashboard é unir essas informações em uma única plataforma, de forma que facilite a atualização diária dos casos por bairro, se possível por quadra, e seja transmitido para população maceioense”, esclarece.

O lançamento do protótipo da plataforma é feito no dia em que se celebra o Engenheiro Agrimensor, 04 junho. A equipe responsável pela criação pretende buscar parcerias com a Prefeitura de Maceió e com o Estado de Alagoas para que juntos possam fornecer e atualizar os dados, fazendo com que a plataforma siga operante.

O mapa foi desenvolvido pelo grupo de estudos em Engenharia de Agrimensura, no Campus de Engenharias e Ciências Agrárias (Ceca), em parceria com a Empresa Imagem, distribuidora oficial da plataforma ESRI - Environmental Systems Research Institute - no Brasil. A  Imagem, junto com a Esri, está atuando de forma proativa em combate ao COVID-19, colocando à disposição tecnologia e especialistas para apoiar, produzir e divulgar informações precisas e confiáveis aos cidadãos, ajudando os órgãos governamentais e instituições a entender, gerenciar e comunicar o impacto. 

O grupo, formado pela coordenadora do Curso Dra. Regla Toujaguez La R. Massahud, professores: Dr. Henrique Ravi R. de C. Almeida, Ma. Michelle Adelino, Dr. Arthur Tavares; alunos:  Antony William P. da Fonseca, Ana Beatriz Silva de Andrade, Gabriel José C. Cavalcante, Rayanne Gomes F. Batinga, Talvanes Lins e Silva Junior, Herbertty Luan de Oliveira Lima, Bianca Tenório de M. X. de Souza, Morgana C. da Silva Nicodemos, Gabriel Rosemberg S. de Oliveira, Joyce Dias dos Santos; consultores: Me. Danilo H. Santos Silva e  Enfa. Esp. Ellen Lima de Souza; e coordenado pela Profª Substituta Ma. Wedja de Oliveira Silva; atuou de forma virtual, respeitando os protocolos e recomendações durante a pandemia, e todas as ações executadas foram de forma remota, da coleta e tratamento de dados, até sua publicação.

Atuação do Agrimensor na Pandemia

O Engenheiro Agrimensor atua fortemente com Análises Espaciais, Sistemas de Informações Geográficas - SIG, Mapeamento, Cadastro Territorial, entre outras áreas do conhecimento. “O engenheiro agrimensor é habilitado para fazer mapeamentos, levantamentos topográficos, aerofotogramétricos, etc. Ele tem atribuição para fazer voos com drones, trabalhar com imagens de satélite, processamento digital de imagens, e gerar produtos cartográficos para várias áreas do saber, desde a Medicina até ordenamento territorial e uso do solo, entre outras”, explica a coordenadora do curso Regla Toujaguez.

Com a evolução tecnológica, as geotecnologias estão se mostrando ferramentas essenciais para visualização dos dados, a construção de cenários, a criação de previsões e o controle do contágio através da fiscalização das quarentenas, neste cenário pandêmico.

Considerando que um dos fatores que auxilia na tomada de decisões é a identificação do deslocamento espacial do vírus, é possível, por meio desse projeto, determinar o bloqueio fronteiras, divisas e limites, com isso é crucial a geoespacialização da covid-19. “A experiência poderá deixar frutos para além da atual crise, visto que doenças como dengue, chikungunya e tuberculose frequentemente provocam surtos e são preocupações para a saúde pública no Brasil”, completou Wedja Oliveira.