Auditório do Museu de História Natural da Ufal começa a ser reformado

Espaço tem capacidade para 200 pessoas e reforma conta com parceria do Iphan

Por Diana Monteiro - jornalista
- Atualizado em
Limpeza do local já começou e próximo passo será a retirada do telhado
Limpeza do local já começou e próximo passo será a retirada do telhado

Com 70 anos de existência e capacidade para 200 pessoas, o auditório do Museu de História Natural (MHN) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) será reformado graças à parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artísticos Nacional (Iphan). O local está abrigado no prédio onde funcionou a Faculdade de Medicina e o antigo Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBI), na Praça da Faculdade, bairro do Prado, em Maceió.

O auditório tem formato semicircular, como um anfiteatro, e é dotado de palco, cabine de som e já foi usado como sala de aula. A ampla reforma resultará em mais um espaço estruturado para o desenvolvimento das ações promovidas pelo MHN nas áreas de ensino, pesquisa e extensão.

A reforma, já iniciada, está sendo acompanhada pelo arquiteto e urbanista Sandro Gama de Araújo, superintendente substituto do Iphan em Alagoas, e pelo diretor do MHN, Jorge Lopes. Nessa fase inicial, as equipes estão fazendo a limpeza do espaço e o próximo passo será a retirada do antigo telhado.

Sandro Gama destaca que o projeto concebido inclui a reforma do auditório de forma que ele fique apto ao futuro funcionamento. “A coberta que desabou será refeita, assim como forro, iluminação e parte elétrica. Além disso, parte da mobília será restaurada”, informou.

Como maior benefício da reforma, o arquiteto destaca que o Museu é uma das instituições de guarda de acervo arqueológico cadastrado junto ao Iphan, além de ter excelente atuação na educação patrimonial com a comunidade. “Portanto, a obra é entendida como uma atuação de fomento, sugerida pela emergencialidade do telhado desabado”, enfatizou.

Sandro aproveita para dizer que o Iphan seguirá com a equipe da Ufal para que novas etapas de investimentos ocorram naquele equipamento cultural, sempre com enfoque no fortalecimento da instituição e guarda de material arqueológico. “Recentemente, o reitor Tonholo, por videoconferência, reafirmou junto à presidência do Iphan a parceria entre as duas instituições, no que continuaremos com nossas atuações de fomento e apoio”, reafirmou.

Interação e aprendizado

O MHN tem 30 anos de existência e, em 2016, foi transferido do prédio onde funcionava, ao lado da Usina Ciência, para o atual espaço, antiga Faculdade de Medicina, otimizando suas ações de ensino, pesquisa e extensão. De acordo com o diretor Jorge Lopes, o Museu atende prerrogativas de instituição museal e, atualmente, os serviços internos nos laboratórios vêm sendo mantidos. Reuniões e atendimento ao público externo vêm se realizando virtualmente.

Do acervo do MHN constam: minerais e rochas, fósseis, material arqueológico, anfíbios e répteis, mamíferos, aves, peixes, crustáceos, moluscos, insetos, aranhas e escorpiões, coleções etnobiológicas e herbários. Pesquisar, conservar e ampliar suas coleções são atividades básicas do Museu, dando suporte aos cursos de graduação e pós-graduação da universidade, bem como aos diversos pesquisadores que o procuram para desenvolver seus trabalhos.

A interação com a sociedade é otimizada por meio de várias ações [atualmente suspensas devido à pandemia], como por exemplo: exposição permanente e itinerante, Projeto Fim de Semana no Museu, Projeto Noite do Malassombro, além de atividades de educação ambiental e patrimonial no MHN, assim como nas escolas, cidades de Alagoas e outras do Nordeste. “Também assessoramos museus de Alagoas com temáticas iguais ao nosso, como é o caso do Museu Paleontológico Otaviano Florentino Ritir, na cidade sertaneja de Maravilha”, destacou Lopes.

Com a missão de contribuir para o enriquecimento científico do país, à medida que difunde os resultados de suas pesquisas, o MHN da Ufal busca despertar o espírito científico e o amor à natureza, disseminando conhecimentos, valores e comportamentos voltados para a preservação dos ecossistemas locais.

Ações do Museu podem ser acompanhadas por meio de suas redes sociais: Instagram [@mhnufal] e Facebook [mhnufal].