Projeto de extensão traduz para Libras cuidados e prevenção ao coronavírus

O mundo parou frente a pandemia do novo coronavírus (covid-19) doença essa que já infectou mais de 10 milhões de pessoas e  matou mais meio milhão ao redor do mundo segundo números oficiais. Existe atualmente uma verdadeira mobilização global em busca tanto da cura como da vacina, mas a prevenção ainda é o melhor remédio contra esse mal.

Sabendo disso, as dicas de prevenção estão espalhadas aos montes e em diversos dispositivos, plataformas e suportes, provando que a informação é um aliado extremamente importante. Mas, para que a prevenção se torne ainda mais eficaz, ela precisa chegar a todos, e isso foi pensado pelo projeto de extensão da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) ligado a Pró-reitoria de Extensão (Proex) “Libras contra a covid-19” que é coordenado pela professora Edineide Silva da Faculdade de Letras da Ufal (Fale/Ufal).

Segundo a professora e coordenadora do projeto, a ideia é informar à comunidade surda de Alagoas sobre a prevenção contra o novo coronavírus. “O projeto justifica-se quanto à sua dupla relevância social, a primeira assegurando o direito à inclusão da pessoa surda, colocando-a como protagonista de ações sociais; e promove à informação - com acessibilidade - sobre as diversas formas de a comunidade surda alagoana (entre surdos/surdos e surdos/ouvintes) se proteger e não disseminar o vírus no estado de Alagoas” destaca a coordenadora.

O projeto é desenvolvido por alunos do 2º ao 8º período de Letras-Libras e funciona da seguinte forma, são produções de mini-videos acessíveis diretamente em Libras para pessoas surdas, acerca das informações sanitaristas de combate ao covid-19, além dessa linguagem mais acessível o projeto também está promovendo a promoção da saúde da pessoa surda e com isso reduzindo a ocupação de leitos, a fim de combater o colapso do sistema de saúde, que é uma grande preocupação das autoridades de saúde.

O “Libras contra a covid-19”  exerce um papel muito importante na sociedade como um todo. O coordenador de extensão, professor Cézar Nonato, destacou alguns desses papéis: “a importância do projeto tem algumas dimensões, uma delas que é a mais explícita, diante de um projeto dessa envergadura é a possibilidade de um diálogo direto da universidade com a sociedade, sobretudo no que se refere a população surda, então a universidade está de fato fazendo da suas atividades um caminho de mão dupla, no sentido do envio de informações e da busca por informações, dessa população em relação ao momento em que vivemos que é o da pandemia. É uma prestação de serviço fundamental para a sociedade como um todo e mostra a função social da universidade e vemos isso de forma explícita nesse projeto” afirma o professor.

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